Uma sequência de ataques violentos envolvendo cachorros da raça Pitbull acendeu o alerta em duas cidades da Bahia: São Gabriel e Irecê. Em um intervalo de poucos dias, mais de 35 animais de criação foram mortos e três pessoas ficaram feridas. Os casos geraram preocupação entre moradores e reacenderam o debate sobre a responsabilidade dos tutores e os riscos de criar animais potencialmente perigosos soltos ou sem controle.
Fazenda invadida e dezenas de animais mortos
No município de São Gabriel, no norte do estado, dois cães da raça Pitbull escaparam de casa, invadiram uma fazenda e provocaram uma verdadeira chacina entre os animais criados no local. O ataque aconteceu no domingo (15), quando a propriedade rural estava vazia.
Segundo relatos da proprietária, os cães entraram pela cerca que cerca uma plantação de mamão e foram diretamente em direção aos animais. Quando ela foi avisada por vizinhos e chegou ao local, encontrou o cenário devastador: 22 patos, 4 pavões, 6 gansos, 3 perus e várias galinhas e galos mortos ou feridos. Os cães, que pertencem a um morador da região, foram recolhidos por ele no mesmo dia.
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De acordo com a dona da fazenda, o tutor alegou que os animais estavam desaparecidos há dois dias. Após conversa entre as partes, um acordo informal foi firmado para reparação dos prejuízos — valor que não foi divulgado. Apesar disso, o caso chamou atenção pela facilidade com que os cães invadiram a propriedade e pelo grau de destruição causado.
Ataque a pedestres em Irecê
Já em Irecê, na segunda-feira (26), outro Pitbull solto atacou três pessoas que passavam por uma rua da cidade. Segundo informações da Polícia Militar, duas vítimas sofreram ferimentos leves, enquanto a terceira teve cortes mais profundos, mas sem risco de morte. O ataque só foi contido graças à intervenção de populares que estavam nas proximidades e conseguiram imobilizar o animal com cordas.
A cena chamou atenção de quem estava por perto. O cachorro, ainda bastante agressivo mesmo após ser contido, tentava se soltar mordendo a corda. Os policiais militares chegaram rapidamente e colocaram uma focinheira no animal. Ele foi sedado em uma clínica veterinária e transferido para o Canil da Polícia Civil. Até o momento, o responsável pelo Pitbull não foi localizado.
O que esses casos revelam?
Os dois episódios reacendem uma discussão importante: a posse responsável de animais de grande porte e força física, como é o caso do Pitbull. Embora não exista uma proibição para criar essa raça no Brasil, a legislação prevê punições para tutores negligentes que permitam que seus cães causem danos a terceiros ou a propriedades.
Tanto em São Gabriel quanto em Irecê, os ataques poderiam ter tido consequências ainda mais graves, especialmente se envolvessem crianças ou idosos. Além disso, os animais atacados na fazenda representavam o sustento de uma família — o que amplia o impacto do ocorrido.
O caso reforça a necessidade de medidas preventivas, como o uso de focinheiras em locais públicos, cercas adequadas, treinos de obediência e acompanhamento veterinário. Autoridades locais também podem contribuir promovendo campanhas de conscientização e fiscalização sobre a posse responsável.
Se você tem um cão de médio ou grande porte, é fundamental garantir que ele esteja sempre sob controle. O amor aos animais também passa por garantir a segurança deles e das pessoas ao redor.
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