Imagine a dor de uma família que descobre o que aconteceu com seu ente querido por meio de um vídeo enviado por criminosos. Foi exatamente isso que aconteceu com os parentes de Weverton Antônio dos Santos, um motorista de aplicativo de 28 anos, vítima de uma crueldade que chocou a cidade de Eunápolis, no extremo sul da Bahia.
Na última terça-feira (13), Weverton foi sequestrado por integrantes de uma facção criminosa. Informações preliminares apontam que ele havia saído para buscar o enteado na escola quando foi visto pela última vez. No dia seguinte, um vídeo começou a circular entre os familiares, mostrando a vítima sendo decapitada pelos criminosos.
Corpo desmembrado e carro abandonado
Durante a madrugada de quarta-feira (14), partes do corpo do motorista foram encontradas ainda na cidade de Eunápolis. Já o veículo que ele usava para trabalhar foi localizado abandonado em uma estrada vicinal, no distrito de Pindorama, que pertence à zona rural de Porto Seguro.
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A brutalidade do crime e a forma como tudo foi exposto deixaram a população em choque — não só pela violência, mas pela impunidade com que facções criminosas têm agido na região.
Mãe da vítima faz desabafo e cobra justiça
Lindinalva Ramos, mãe de Weverton, desabafou em entrevista ao site Radar News. Sua fala revela o sentimento de impotência que milhares de brasileiros compartilham:
“Se fosse um policial ou filho de um doutor, a cidade já estava cheia de reforços. Ele nunca foi envolvido com nada. Até quando vamos ficar reféns do crime?”, questionou.
A dor dessa mãe ecoa o medo e a insegurança que se espalham em regiões onde o crime organizado avança diante da ausência de respostas rápidas e efetivas do Estado.
O que diz a polícia?
A Polícia Civil da Bahia informou que a Delegacia Territorial de Eunápolis está investigando o caso. Guias para remoção do corpo e perícia já foram expedidas. Além disso, diligências e oitivas estão em andamento para tentar identificar os responsáveis pelo crime, entender a motivação e garantir justiça.
Reflexão urgente: até quando?
Esse não é um caso isolado. Infelizmente, motoristas de aplicativo — profissionais que trabalham para sustentar suas famílias — têm se tornado alvos constantes da criminalidade em diversas regiões do país.
A pergunta que fica é: por que a resposta do poder público ainda é tão lenta quando a vítima não tem um “nome importante”? O caso de Weverton não pode ser apenas mais um. Cobrança por justiça, segurança pública eficiente e ação firme contra facções criminosas são urgentes.
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