Policial militar que virou influencer perde cargo após abandonar missão no Carnaval

Você já ouviu falar no “Demolidor” da PM? Esse era o apelido do soldado Paulo Rogério da Costa Coutinho, que se destacou não só pelo uniforme, mas também por sua presença nas redes sociais. Com mais de 140 mil seguidores no Instagram e vídeos no YouTube, ele virou uma figura pública dentro da própria farda. Mas essa visibilidade também teve um custo.

Recentemente, Coutinho foi demitido da Polícia Militar de São Paulo. O motivo? Segundo a Corregedoria da corporação, ele teria abandonado uma operação oficial de patrulhamento por cerca de 1h40 para curtir o Carnaval de 2022, em um camarote no Sambódromo do Anhembi. Durante esse período, ele não estava de folga. Estava escalado para uma função importante — manter a segurança nas ruas.

No entanto, em vez disso, ele foi visto no meio da festa, tirando fotos com convidados e celebridades. Para a PM, essa atitude não condizia com a conduta esperada de um policial em serviço, ainda mais em um evento de grande porte e com tantos riscos envolvidos.

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Mas a história não para aí.

O soldado Coutinho afirma que enfrenta preconceito dentro da corporação desde 2018, quando começou a se tatuar. O clima teria piorado em 2021, após ele tatuar o próprio rosto — atitude que ainda hoje é vista com reservas em ambientes mais conservadores, como instituições militares.

Além disso, ele se apresenta como pré-candidato a deputado estadual em 2026 e usa suas redes para falar sobre treino, alimentação, rotina policial e, claro, o amor pelo Corinthians e pela família. Mas agora, com a demissão oficializada, o caminho que ele vai trilhar a partir daqui ainda é incerto.

Esse caso traz à tona uma discussão importante: até onde vai o direito de exposição pessoal nas redes sociais quando se ocupa um cargo público, especialmente em áreas como a segurança? Existe um limite? E como equilibrar a liberdade individual com a responsabilidade institucional?

Se por um lado as redes sociais dão visibilidade e voz, por outro, também podem colocar em xeque a postura e o compromisso de quem escolhe servir à sociedade — especialmente quando há regras claras sobre o que se espera durante o serviço.

A PM de São Paulo, como qualquer organização, exige disciplina e responsabilidade. O caso do “Demolidor” é mais um exemplo de como a visibilidade pode ser uma faca de dois gumes.

Enquanto isso, Paulo Coutinho segue em silêncio público sobre a decisão — e o futuro político que ele anuncia para 2026 ainda permanece uma incógnita.

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