PF flagra policial da Bahia em plano para atacar STF e apoiar Bolsonaro em golpe

Imagine um cenário em que um agente da Polícia Federal, com mais de 20 anos de carreira, aparece envolvido em um plano que coloca em risco a democracia brasileira. É isso que a investigação da Polícia Federal está revelando.

Estamos falando de Wladimir Soares, um policial federal baiano, que atualmente está preso preventivamente. Ele é acusado de participar de uma trama extremamente grave: um plano para prender ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) e, segundo suas próprias palavras em áudios interceptados, usar violência, inclusive assassinato, se fosse “necessário”.

Esses áudios foram obtidos durante uma investigação da PF que analisou o conteúdo de celulares apreendidos com o agente. Em uma das gravações, Wladimir afirma que fazia parte de um grupo que estava “preparado” para agir com força contra membros do STF, citando inclusive o ministro Alexandre de Moraes como alvo direto. A ideia do grupo era prender ministros e “botar para quebrar”, caso recebessem uma ordem superior.

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E de onde viria essa ordem? Do então presidente da República, Jair Bolsonaro, segundo o próprio Wladimir. Nos áudios, ele deixa claro que só aguardavam um “ok”, uma “canetada” de Bolsonaro para agir. Como essa autorização nunca veio, o plano acabou não sendo executado. Mas o simples fato de existirem articulações nesse nível acendeu um alerta grave dentro das instituições de segurança do país.

Inicialmente, Wladimir foi preso sob a acusação de vazar informações sobre o presidente Lula para aliados do ex-presidente Bolsonaro. No entanto, conforme as investigações avançaram, os agentes federais afirmam que há indícios concretos de que ele atuava como parte de uma organização criminosa que tinha como objetivo promover um golpe de Estado em 2022 — justamente o ano em que o país vivia um dos processos eleitorais mais tensos de sua história recente.

Quem é Wladimir Soares?

Wladimir é natural de Salvador e acumula mais de duas décadas como agente da Polícia Federal. Ele já trabalhou no setor de inteligência da Secretaria de Segurança Pública da Bahia (SSP-BA) e também na sede da PF em Salvador. Com o tempo, ganhou visibilidade e foi transferido para Brasília. Em 2022, já ocupava o cargo de assessor especial da Presidência da República — uma posição estratégica, com acesso a informações privilegiadas.

Por que esse caso importa?

Esse não é apenas um caso isolado de um agente se excedendo. O que está em jogo aqui é algo muito mais sério: a tentativa de subverter a ordem democrática, usando a estrutura do Estado para fins golpistas. As declarações de Wladimir apontam para uma movimentação coordenada e organizada dentro de setores estratégicos do governo anterior.

Esse tipo de comportamento, se confirmado, fere diretamente os pilares do Estado de Direito, compromete a independência entre os poderes e coloca em risco a estabilidade institucional do Brasil. É por isso que a investigação ganhou tanta relevância.

Até agora, a PF ainda não identificou com quem exatamente Wladimir estava falando nos áudios, mas o conteúdo foi considerado grave o suficiente para justificar a sua prisão preventiva e aprofundar a apuração sobre os reais envolvidos nessa tentativa de golpe.

O caso foi divulgado com destaque pelo Jornal Nacional na noite de quarta-feira (14), e deve repercutir ainda mais à medida que novas informações forem surgindo.


Por que você deve prestar atenção nisso?

Se você é um cidadão preocupado com o futuro do país, precisa entender o tamanho do risco que essas ações representam. Democracia não é algo que se mantém sozinho. Ela depende de respeito às regras, às instituições e à Constituição. Quando pessoas com poder e acesso privilegiado tentam usar a força para mudar o curso natural das eleições ou interferir nos demais poderes, é sinal de alerta vermelho.

Este é um momento de reflexão e de acompanhar de perto os desdobramentos. Afinal, quem protege a democracia, protege o direito de todos — inclusive o seu.

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