Uma visita inusitada e rara tem chamado a atenção de moradores e autoridades ambientais de Salvador e região metropolitana. Um elefante-marinho foi avistado por populares na última sexta-feira (9) na orla da Ribeira, área litorânea conhecida pelo movimento de banhistas e pescadores.
O animal, que chegou a ser confundido com uma foca por algumas pessoas que filmaram a cena, foi flagrado tanto descansando na areia quanto nadando tranquilamente no mar.
Antes de aparecer na capital baiana, o mamífero marinho já havia sido visto nas cidades de Nazaré e Madre de Deus, aumentando o alerta das autoridades ambientais para monitorar o deslocamento do animal, que não é típico da região.
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De acordo com o Instituto Mamíferos Aquáticos, organização especializada no resgate e cuidado de espécies marinhas, o elefante-marinho apresenta sinais visíveis de cansaço. Segundo os especialistas, o animal está buscando áreas secas — como faixas de areia ou pedras — para repousar, comportamento comum quando um mamífero marinho se exaure ou se desorienta durante longas jornadas.
Por que este caso merece atenção?
Elefantes-marinhos são nativos de regiões subantárticas e, por isso, não costumam aparecer na costa brasileira, especialmente na Bahia. A principal hipótese dos pesquisadores é que o animal avistado seja um indivíduo jovem que se perdeu do seu grupo durante a migração. Essa desorientação pode expô-lo a riscos, como desidratação, fome e até interação inadequada com humanos.
Diante disso, o Instituto Mamíferos Aquáticos, com apoio do Instituto do Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Inema) e da Companhia Independente de Policiamento de Proteção Ambiental (Coppa) da Polícia Militar da Bahia, está realizando buscas para localizar e proteger o animal.
O que você deve fazer se avistar o elefante-marinho?
– Não se aproxime: por mais curioso que seja o encontro, manter distância é fundamental para não estressar o animal.
– Não tente tocar ou alimentar: isso pode prejudicar a saúde do mamífero e colocar você em risco.
– Acione imediatamente a equipe de resgate: o contato do Instituto Mamíferos Aquáticos é (71) 99679-2383.
Entenda por que esse resgate é importante
Segundo biólogos, quando um elefante-marinho chega a uma região fora de sua rota natural, ele precisa de descanso, avaliação de saúde e, se necessário, intervenção para retorno seguro ao seu habitat. O estresse provocado por aproximação de humanos ou tentativas de interação pode agravar o quadro de cansaço do animal, além de causar ferimentos ou infecções.
Além disso, há riscos legais: a legislação ambiental brasileira proíbe a manipulação e perturbação de espécies silvestres sem autorização dos órgãos competentes.
Resumo do que você precisa saber
– O animal foi visto na Ribeira, Nazaré e Madre de Deus.
– Ele aparenta estar cansado e busca locais para descansar.
– Especialistas recomendam manter distância e acionar a equipe de resgate.
– O resgate está sendo feito com apoio do Inema e da Coppa.
O Instituto Mamíferos Aquáticos reforça que a colaboração da população é decisiva para garantir a segurança do animal e o sucesso da operação de resgate.
As buscas continuam e novas informações serão atualizadas assim que houver novidades sobre o estado de saúde do elefante-marinho e os próximos passos do resgate.
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