Um crime brutal chocou os moradores de Várzea Grande, distrito da cidade de Caculé, no sudoeste da Bahia, nesta quinta-feira (9). Um homem de 37 anos foi preso acusado de matar o próprio pai, Boaventura Ramos dos Santos, de 67 anos, após uma discussão envolvendo uma cabeça de gado. A identidade do suspeito não foi divulgada pelas autoridades.
Segundo informações da Polícia Militar, a equipe da 94ª Companhia Independente (CIPM) foi acionada após moradores da região denunciarem uma agressão em via pública. Ao chegarem ao local, os policiais encontraram Boaventura caído no chão, já sem sinais de vida, com marcas de golpes provocados por uma foice.
Homem mata pai com foice – Câmeras flagraram o crime
Imagens de uma câmera de segurança instalada na rua registraram toda a sequência do crime. No vídeo, Boaventura aparece tentando fugir de bicicleta, mas é alcançado pelo filho. Ele ainda tenta escapar a pé, mas é derrubado pelas costas com golpes de foice. Mesmo caído e sem reação, o idoso continua sendo agredido. Em seguida, outro homem se aproxima e também participa das agressões utilizando um porrete.
Participe do nosso grupo de notícias no WhatsApp: Quero Participar
Após o crime, ambos os agressores fugiram da cena. O filho da vítima ainda levou a bicicleta que estava com o pai. Pouco depois, o principal suspeito foi localizado nas proximidades pela Polícia Militar e preso em flagrante.
Motivação ainda está sendo apurada
As informações iniciais apontam que o crime teria sido motivado por uma disputa envolvendo um boi — supostamente, um conflito relacionado a propriedade ou posse de gado. No entanto, até o momento, a Polícia Civil não confirmou oficialmente a motivação, que segue sendo investigada.
O suspeito foi conduzido à delegacia de Caculé, onde a ocorrência foi registrada e as investigações prosseguem para esclarecer todos os detalhes. Ainda não há informações sobre a identidade do segundo agressor que aparece nas imagens.
Homem mata pai com foice –Contexto e impacto social
Casos de violência familiar envolvendo disputas por terra, bens ou animais não são incomuns em áreas rurais do Brasil, principalmente em regiões onde as relações patrimoniais e familiares se entrelaçam de forma complexa. Especialistas em segurança pública apontam que conflitos desse tipo podem escalar rapidamente quando não há mediação adequada ou quando há histórico de desentendimentos prolongados.
A tragédia em Várzea Grande evidencia a necessidade de políticas públicas que fortaleçam a mediação de conflitos rurais e a ampliação do acesso a serviços de apoio psicológico e jurídico em comunidades do interior.
Compartilhe