Geisa de Cássia, de 50 anos, que lutava pela vida na UTI do Hospital Regional Alfredo Mesquita, em Macaíba (RN), finalmente recebeu alta da terapia intensiva. Depois de dias em estado grave, ela agora segue em recuperação na enfermaria. Quem compartilhou a boa notícia foi o próprio filho, Yago Smith, que acompanha de perto cada etapa dessa difícil jornada.
O caso ganhou atenção nacional pela gravidade e pela tristeza envolvida. Geisa é tia de Yohana Maitê, a bebê de apenas oito meses que não resistiu após consumir o mesmo açaí com granola contaminado. Ambas ingeriram o alimento no dia 14 de abril e, enquanto a criança foi rapidamente levada à UPA de Cidade da Esperança, não conseguiu sobreviver. Poucas horas depois, Geisa também apresentou sintomas e precisou ser internada com urgência.
A investigação e a confirmação do envenenamento
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A Polícia Civil do Rio Grande do Norte e o Instituto Técnico-Científico de Perícia (Itep/RN) entraram em ação. O exame toxicológico realizado nas amostras do açaí confirmou o que a família já temia: o alimento continha veneno. O caso agora está sob investigação do Departamento de Homicídios e de Proteção à Pessoa (DHPP), que tenta descobrir quem está por trás das entregas suspeitas que culminaram na tragédia.
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Como tudo começou: as entregas misteriosas
Para entender o cenário por completo, vale voltar ao início. No dia 13 de abril, Geisa recebeu uma entrega inesperada na porta de casa, no bairro Felipe Camarão, zona Oeste de Natal. Era um pacote com um urso de pelúcia rosa, chocolates e uma carta com a frase: “Depois que te perdi, foi que percebi que te amo”. Sem imaginar qualquer risco, ela interpretou como um gesto de alguém do passado, talvez um ex-namorado.
No dia seguinte, veio uma nova entrega. Dessa vez, potes de açaí e mais chocolates. Geisa guardou o açaí no congelador e, mais tarde, dividiu o lanche com a sobrinha Yohana. Pouco tempo depois, a criança passou mal. Geisa, inicialmente, pensou que o mal-estar estivesse ligado ao abalo emocional da situação. Só mais tarde, quando ela própria começou a apresentar sintomas graves, a hipótese de envenenamento ganhou força.
No dia 15, mais um pacote chegou — novamente com potes de açaí. Após consumir o alimento, Geisa teve uma reação ainda mais intensa e precisou ser intubada. Foi a partir desse episódio que a equipe médica orientou a família a registrar um boletim de ocorrência, colocando oficialmente o caso sob investigação policial.
O que você precisa saber sobre casos como este
Situações como essa, embora raras, acendem um alerta importante. Receber presentes de origem desconhecida ou sem identificação clara pode, sim, representar riscos. O ideal, sempre que houver dúvida ou desconfiança, é não consumir os produtos e acionar as autoridades. A perícia técnica existe justamente para detectar substâncias perigosas e ajudar a evitar tragédias como a que abalou a família de Geisa.
Como está Geisa hoje
Agora, com a alta da UTI, Geisa enfrenta uma nova etapa: a recuperação física e emocional. Ela segue sob observação, mas já fora de risco iminente. O caso segue sendo investigado, e a família aguarda respostas para entender quem teria motivação para um ato tão grave.
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