Registro impressionante mostra 2 mil golfinhos saltando juntos na costa da Califórnia

Uma cena difícil de esquecer marcou a costa da Califórnia recentemente. Evan Brodsky, capitão de barco e cinegrafista da empresa Monterey Bay Whale Watch, conseguiu registrar um fenômeno raro: mais de dois mil golfinhos-baleia-franca-do-norte nadando e saltando juntos próximo à Baía de Monterey. O detalhe que chamou a atenção é que essa espécie costuma ser encontrada em águas muito mais profundas, longe da costa — o que torna o avistamento ainda mais especial. A informação foi divulgada pela agência de notícias Associated Press (AP).

Brodsky, que estava a aproximadamente 17 quilômetros do porto, descreveu a cena com uma comparação curiosa: “Quando eles saltam, parecem sobrancelhas voadoras”. Isso porque esses golfinhos pertencem a uma das poucas espécies que não possuem barbatana dorsal, o que dá uma aparência incomum quando estão fora d’água.

Além de ser um espetáculo para os olhos, esse tipo de evento ajuda a ampliar o conhecimento sobre o comportamento desses mamíferos marinhos. A movimentação de grandes grupos — conhecida como superpod — é rara, mas ocorre quando cardumes de peixes se tornam abundantes, atraindo centenas ou milhares de golfinhos ao mesmo tempo. Esses encontros em massa indicam a importância das condições do ambiente marinho e do equilíbrio ecológico para a sobrevivência das espécies.

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Essa não é a única história recente que desperta o interesse de cientistas sobre a vida social dos golfinhos. Entre dezembro de 2022 e fevereiro de 2023, pesquisadores da University of Southern Denmark (SDU) investigaram um caso inusitado na Dinamarca. Um golfinho-roaz, espécie conhecida por viver em grupos, foi encontrado sozinho na região de Svendborgsund. Batizado de “Delle” pelos moradores locais, o animal estava em uma área pouco comum para sua espécie.

Intrigados com o comportamento solitário, os cientistas instalaram um rastreador no golfinho para monitorar suas atividades. O que eles descobriram surpreendeu: o animal produziu quase 11 mil sons, incluindo assobios, tons graves e pulsos rápidos. Esses pulsos, geralmente associados a situações de agressão ou estresse, foram interpretados de uma forma diferente dessa vez. Os pesquisadores sugerem que Delle poderia estar tentando suprir a ausência de interações sociais — como se estivesse criando uma espécie de “conversa interna” para lidar com a solidão prolongada.

Esse fenômeno é considerado inédito. Nunca antes os cientistas haviam registrado um comportamento semelhante em golfinhos, o que abre novas possibilidades de estudo sobre a comunicação e o bem-estar desses animais. Mesmo entre humanos, a compreensão sobre esse tipo de comportamento ainda é limitada, o que reforça o quanto ainda temos a aprender sobre as capacidades cognitivas dos golfinhos e de outros animais sociais.

Essas duas histórias — o supergrupo na Califórnia e o caso do golfinho solitário na Dinamarca — mostram, de forma complementar, como a vida marinha é complexa e cheia de nuances. Elas reforçam a importância da conservação dos oceanos e da pesquisa científica para entendermos melhor como as mudanças no ambiente e a solidão podem afetar animais tão inteligentes e sensíveis como os golfinhos.

Mais do que um simples espetáculo natural, os registros de Brodsky e dos cientistas dinamarqueses nos convidam a olhar para o mar com outros olhos: como um ecossistema dinâmico, onde cada detalhe importa e pode revelar aspectos surpreendentes da vida animal.

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