O caso chocou a Região Metropolitana de Salvador: na última quinta-feira (3), um cliente da Caixa Econômica Federal foi morto a tiros por um segurança dentro de uma agência em Dias D’Ávila. O episódio, que foi registrado por câmeras de segurança, levantou questões sérias sobre preparo de profissionais, uso de força e protocolos de segurança em locais de atendimento ao público.
Neste sábado (5), o segurança Jeanderson de Souza Santana, de 35 anos, foi liberado pela Justiça após passar por audiência de custódia, onde recebeu o direito à liberdade provisória. Ele é o autor do disparo que matou Sidnei de Souza Azevedo, 43, durante uma discussão dentro da agência bancária.
O que aconteceu?
Segundo testemunhas, a confusão começou quando Sidnei discutiu com o gerente do banco. Nervoso, ele se levantou e começou a gritar. O segurança tentou intervir, mas a situação saiu do controle. Os dois teriam trocado agressões físicas, e, em meio ao confronto, Jeanderson foi atingido por um soco. Em seguida, ele sacou a arma e atirou no cliente, que chegou a ser socorrido, mas não resistiu.
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Imagens de segurança confirmam que Sidnei estava desarmado no momento do disparo. “A nosso ver, a vítima poderia ter sido contida de forma mais técnica, sem a necessidade de uso de arma de fogo”, afirmou o delegado Euvaldo Costa, responsável pelo caso.
A Polícia Civil segue investigando o episódio, que foi classificado como homicídio e será analisado sob a alegação de legítima defesa feita pelo segurança.
A Caixa Econômica Federal lamentou o ocorrido em nota oficial e afirmou estar prestando apoio às famílias e colaborando com as autoridades.
O que esse caso revela?
Casos como esse colocam em debate a preparação dos seguranças privados no Brasil, especialmente em espaços de atendimento ao público, como agências bancárias. A formação desses profissionais deve incluir não apenas técnicas de defesa, mas também estratégias de mediação de conflitos e controle emocional.
Além disso, levanta-se a questão: como agir em situações de estresse dentro de ambientes bancários sem colocar a vida de ninguém em risco? A resposta passa por revisão de protocolos, supervisão constante das empresas terceirizadas e treinamento adequado para que a atuação dos seguranças seja proporcional à ameaça.
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