Após uma série de ataques de peixes a banhistas, o atrativo turístico Praia da Figueira, em Bonito (MS), teve a sua lagoa artificial interditada pelo Instituto de Meio Ambiente de Mato Grosso do Sul (Imasul).
A interdição foi determinada no dia 26 de março e, desde então, parte das atividades do local está suspensa. A administração do espaço tenta, agora, negociar com o órgão ambiental para retomar todas as operações.
A suspensão foi motivada por ocorrências envolvendo peixes da espécie tambaqui, que morderam turistas em diferentes pontos da lagoa. De acordo com os registros, foram 64 incidentes em 2024 e mais de 30 em 2023, o que gerou preocupação entre autoridades, moradores e visitantes.
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O que foi feito até agora?
Como forma de resposta aos ataques, os responsáveis pelo atrativo informaram que adotaram medidas emergenciais para garantir a segurança dos frequentadores. Entre elas estão:
- Fitas de isolamento colocadas ao redor da lagoa para impedir o acesso dos banhistas;
- Presença de salva-vidas e recepcionistas orientando os visitantes sobre as restrições;
- Instalação de uma barragem de contenção para limitar a movimentação dos peixes;
- Compromisso público de desenvolver um Plano de Manejo Ambiental com a retirada dos peixes da lagoa e sua transferência para outro local mais adequado.
Apesar dessas ações, o Imasul ainda não liberou o uso da água. A decisão, segundo nota oficial, foi baseada em critérios técnicos e legais com foco na segurança dos turistas e na preservação ambiental.

O que ainda está proibido?
Mesmo após análise de um pedido de reconsideração feito pelos administradores do local, o Imasul manteve a lagoa interditada. Isso significa que continuam proibidas:
- Atividades de banho e flutuação;
- Uso dos quiosques dentro da água;
- Passeios aquáticos e ecológicos que envolvam contato com a lagoa.
Por outro lado, as atividades realizadas em terra firme foram liberadas, como trilhas e outras atrações que não envolvem contato com a água.
E a posição da prefeitura?
A prefeitura de Bonito, por meio da Fundação de Turismo, acompanha o caso e reconhece a importância de garantir que os atrativos da cidade estejam alinhados às normas ambientais e de segurança. A gestão reforça que Bonito segue sendo um dos principais destinos de ecoturismo do Brasil, e que a responsabilidade com a experiência dos visitantes precisa estar sempre em primeiro lugar.
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