Passar quase um ano fora da Terra pode deixar marcas que vão além da experiência única de estar no espaço. Foi exatamente isso que aconteceu com os astronautas norte-americanos Suni Williams, de 59 anos, e Butch Wilmore, de 62 anos, que retornaram após 286 dias na Estação Espacial Internacional (EEI). Durante esse período, seus corpos foram expostos a um ambiente de microgravidade, o que gerou mudanças perceptíveis tanto na saúde quanto na aparência física.
O impacto da microgravidade no corpo humano
O organismo humano é adaptado para funcionar na Terra, onde a gravidade influencia desde a circulação sanguínea até a densidade óssea. No espaço, essa força praticamente desaparece, desencadeando efeitos que podem ser desafiadores para os astronautas. Entre as principais alterações estão:
- Atrofia muscular e perda óssea – sem a necessidade de sustentar o peso do corpo, músculos e ossos podem enfraquecer.
- Problemas cardiovasculares – a ausência de gravidade afeta o fluxo sanguíneo e a distribuição de líquidos pelo corpo.
- Mudanças no sistema imunológico – pesquisas indicam que longas estadias no espaço podem comprometer a imunidade.
- Transformações na visão e no equilíbrio – alterações na pressão intracraniana podem afetar a visão temporariamente.
A boa notícia é que a maioria dessas mudanças se reverte com o tempo, conforme o corpo se readapta às condições terrestres e também a fisioterapia.
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Diferenças visíveis: o antes e depois dos astronautas
Além das mudanças internas, o retorno dos astronautas revelou diferenças perceptíveis na aparência. Apesar de estarem em boas condições de saúde, como confirmado por médicos da NASA à CNN, os sinais da missão foram visíveis em seus rostos.
Suni Williams: traços mais marcados e tonalidade alterada
Antes de partir para o espaço em junho de 2024, Suni Williams exibia uma pele viçosa, poucas linhas de expressão e cabelos escuros. No retorno, após quase 10 meses na EEI, seu semblante estava mais marcado, com olheiras mais profundas e alterações na tonalidade da pele – características que podem estar relacionadas à redistribuição de líquidos no corpo e à exposição prolongada à microgravidade.

Butch Wilmore: mudanças sutis, mas perceptíveis
O piloto Butch Wilmore apresentou transformações menos evidentes, mas ainda assim notáveis. Ao comparar imagens de antes e depois da missão, é possível observar o aumento das linhas de expressão, possivelmente resultado da adaptação do corpo às condições extremas do espaço.

O que acontece agora?
Com o retorno à Terra, os astronautas passam por um período de readaptação e monitoramento médico rigoroso. Esse acompanhamento é essencial para entender melhor os efeitos prolongados da vida no espaço e desenvolver estratégias para futuras missões, especialmente aquelas de longa duração, como as planejadas para Marte.
Enquanto isso, suas experiências contribuem para o avanço da ciência espacial e ajudam a NASA a preparar a próxima geração de astronautas para enfrentar desafios cada vez mais ousados além da órbita terrestre.
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