A morte da pastora Adinailda Santos, mais conhecida como Dina, dentro do 16º Centro de Saúde Maria Conceição Imbassahy, no bairro de Pau Miúdo, em Salvador, gerou grande comoção e levantou questionamentos sobre o atendimento prestado pela unidade. A família da pastora alega que ela passou cerca de três horas aguardando atendimento, enquanto a Secretaria Municipal de Saúde (SMS) de Salvador afirma que o tempo total foi de uma hora e oito minutos.
Dina, que era asmática, começou a passar mal no início da tarde de terça-feira (11) e procurou atendimento na Unidade de Pronto Atendimento (UPA). Após ser medicada, recebeu alta por volta das 16h com uma prescrição de medicamentos. No entanto, ao seguir para casa, voltou a sentir dificuldade para respirar e retornou à unidade. Dessa vez, segundo seus familiares, ela não recebeu o suporte necessário a tempo.
Um vídeo gravado pelo marido da pastora, Sidnei Monteiro, mostra o desespero do casal dentro da unidade. Nas imagens, Dina aparece pedindo oxigênio, enquanto Sidnei tenta chamar a atenção da equipe médica e até de uma assistente social. Dois policiais militares que estavam no local também presenciaram a situação.
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A SMS divulgou um cronograma dos atendimentos registrado pelas câmeras de segurança da unidade, afirmando que Dina foi classificada com pulseira laranja (prioridade) e levada para a sala de estabilização, onde recebeu atendimento médico. No entanto, a família contesta essa versão, alegando que os horários divulgados pela secretaria não condizem com o tempo que passaram esperando.
O caso foi registrado na 2ª Delegacia Territorial, e a SMS informou que instaurou um Processo Administrativo Disciplinar (PAD) para apurar os fatos. A morte da pastora deixa um marido em luto e duas filhas – uma jovem de 22 anos e uma menina de 7 anos.
Agora, a principal questão levantada pelos familiares é se Dina poderia ter sido salva caso tivesse recebido o atendimento adequado a tempo. A investigação buscará esclarecer se houve falhas na assistência prestada e se as denúncias de negligência têm fundamento.
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