O governo federal vai lançar, em novembro de 2025, o programa Botijão Pago, uma nova política social voltada para garantir que famílias de baixa renda tenham acesso ao gás de cozinha. A medida promete aliviar o orçamento doméstico e ampliar a segurança alimentar em todo o país.
Segundo o ministro do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome, Wellington Dias, os primeiros botijões gratuitos serão entregues a famílias inscritas no Cadastro Único (CadÚnico) com renda de até meio salário mínimo, o equivalente a R$ 759.
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O Botijão Pago chega para substituir o antigo Auxílio Gás, ampliando o número de beneficiários e tornando o processo mais ágil e transparente. Até março de 2026, a expectativa é atender 15 milhões de famílias, com prioridade para as que vivem em situação de extrema pobreza.
Como funciona o Botijão Pago
O programa foi estruturado para funcionar de maneira simples e acessível, com distribuição descentralizada e tecnologia digital para garantir eficiência.
Veja os principais pontos:
- Distribuição em 55 mil pontos de entrega espalhados por todo o país;
- Recebimento digital, via aplicativo Caixa Tem, celular ou voucher em casas lotéricas;
- O valor do gás é pago de acordo com o preço médio regional e o tamanho da família;
- Critério de renda: famílias com renda mensal de até R$ 759 por pessoa;
- Inclusão automática baseada nos dados do CadÚnico, sem necessidade de novos cadastros ou formulários.
O número de botijões concedidos vai variar conforme o tamanho da família, garantindo que lares maiores recebam mais unidades. Essa estratégia visa assegurar o acesso contínuo ao gás de cozinha, um item essencial para a alimentação e o bem-estar das famílias.
Quem tem direito ao benefício
O Botijão Pago é destinado às famílias que mais precisam de apoio. Entre os beneficiários estão:
- Famílias com renda mensal de até meio salário mínimo por pessoa;
- Inscritos no CadÚnico, com dados atualizados;
- Participantes do Bolsa Família, automaticamente incluídos no programa;
- Famílias identificadas por busca ativa realizada por prefeituras e assistentes sociais;
- Cidadãos que não receberam o antigo Auxílio Gás ou que perderam o acesso ao benefício.
Essa ampliação reflete um esforço do governo para alcançar quem ainda estava fora da rede de proteção social, reforçando o compromisso do Brasil com a erradicação da fome e da pobreza até 2030, meta da Aliança Global contra a Fome e a Pobreza.
Busca ativa: como o governo vai encontrar quem precisa
O ministro Wellington Dias destacou que o sucesso do Botijão Pago depende da busca ativa, uma estratégia que une diferentes setores e instituições locais para identificar famílias que vivem em vulnerabilidade extrema.
Essa ação inclui:
- Parcerias com igrejas, escolas e associações comunitárias;
- Apoio das unidades de saúde para identificar famílias sem acesso a benefícios;
- Integração com programas sociais como o Bolsa Família e o Benefício de Prestação Continuada (BPC);
- Uso de unidades móveis para atender comunidades rurais e regiões isoladas, especialmente no Norte e Nordeste.
Com isso, o governo busca reduzir a exclusão social e digital, garantindo que mesmo famílias sem acesso à internet ou telefone possam receber o benefício.
Transparência e fiscalização
Para manter a credibilidade do programa, o governo reforçou os mecanismos de controle e auditoria. Um levantamento identificou 177 mil famílias que receberam de forma indevida benefícios emergenciais durante a pandemia. A devolução prevista desses valores chega a R$ 478,8 milhões.
Agora, com o Botijão Pago, a Caixa Econômica Federal, o Tribunal de Contas da União (TCU) e a Advocacia-Geral da União (AGU) atuam de forma integrada para garantir que os recursos sejam destinados apenas a quem realmente precisa.
O governo também pretende usar cruzamento automatizado de dados do CadÚnico e do CPF, evitando fraudes e cadastros duplicados.
O impacto do Botijão Pago na vida das famílias
O Botijão Pago representa mais do que um auxílio financeiro: ele simboliza dignidade e oportunidade para milhões de famílias brasileiras.
Com o benefício, será possível:
- Reduzir os gastos domésticos com gás de cozinha;
- Garantir segurança alimentar, possibilitando o preparo de refeições diárias;
- Simplificar o acesso, com menos burocracia e mais pontos de distribuição;
- Integrar políticas públicas, conectando o programa a outras iniciativas de inclusão social;
- Estimular a economia local, já que o valor do benefício circula nos comércios e revendas de gás de cada município.
Além do impacto econômico, o programa fortalece o vínculo entre as famílias e o Estado, criando uma rede de proteção social mais sólida e permanente.
Um novo modelo de assistência
O Botijão Pago é parte de um conjunto de medidas que buscam modernizar o sistema de benefícios sociais do Brasil. Ele atua lado a lado com o Bolsa Família, o Pé-de-Meia (voltado à permanência de jovens na escola) e outros programas que compõem o novo ciclo de combate à pobreza no país.
Segundo o MDS, o objetivo é construir uma política social unificada, que combine transferência de renda, inclusão produtiva e segurança alimentar.
O Botijão Pago chega como uma solução prática e justa para milhões de famílias que enfrentam dificuldades para comprar o gás de cozinha. Com distribuição nacional, critérios claros de renda e integração com o CadÚnico, o programa deve se tornar uma peça fundamental no combate à fome e à desigualdade no Brasil.
Ao mesmo tempo, a fiscalização rigorosa e a busca ativa garantem transparência, alcance e eficiência. Mais do que um benefício, o Botijão Pago é um passo concreto rumo a um país mais inclusivo, seguro e igualitário.
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