Arroz ‘de ontem’ pode te deixar doente

Requentar o arroz do dia anterior é prática recorrente nas cozinhas brasileiras, mas poucos sabem que esse costume pode esconder um risco real à saúde. Especialistas em segurança alimentar alertam que o grão cozido e mal armazenado pode se transformar em um ambiente propício para a proliferação da bactéria Bacillus cereus, conhecida por causar intoxicações alimentares.

Segundo a perita Cristina Lora, em entrevista ao jornal El Tiempo, o consumo de arroz 24 horas após o preparo já representa perigo, especialmente quando o alimento permanece fora da temperatura adequada por mais de 30 minutos. Mesmo quando refrigerado, o arroz pode permitir o crescimento de microrganismos capazes de produzir toxinas resistentes ao calor — ou seja, reaquecê-lo não elimina completamente o risco.

O ideal, segundo os especialistas, é congelar o arroz caso o consumo não ocorra no mesmo dia. O congelamento interrompe o processo de deterioração e reduz drasticamente as chances de contaminação. Essa medida é ainda mais importante em lares com gestantes, crianças ou idosos, grupos mais vulneráveis aos efeitos de uma intoxicação alimentar.

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Como conservar o arroz com segurança e reconhecer sinais de contaminação

Guardar o arroz na geladeira por até dois dias pode parecer seguro, mas exige atenção a detalhes. A recomendação é evitar deixá-lo à temperatura ambiente por mais de meia hora após o preparo. Caso a refeição não seja consumida de imediato, deve-se colocar o arroz em recipiente fechado e levá-lo rapidamente à refrigeração ou ao congelador.

A janela de segurança — período ideal de consumo — varia conforme o método de armazenamento. No congelador, o arroz pode durar até 30 dias sem risco significativo; na geladeira, o ideal é consumir em até 48 horas. Após esse prazo, há maior probabilidade de desenvolvimento de toxinas, mesmo que o alimento pareça visualmente normal.

Os sintomas de uma intoxicação alimentar provocada por Bacillus cereus surgem entre 1 e 5 horas após o consumo e incluem náuseas, cólicas, diarreia, vômitos e dor de cabeça. A perda de líquidos e sais minerais pode evoluir para desidratação, exigindo atenção médica imediata, especialmente em crianças e idosos.

O recado é claro: tempo, temperatura e conservação adequada são fatores decisivos para garantir a segurança alimentar. Planejar as refeições, evitar o armazenamento prolongado e congelar porções sobressalentes são práticas simples que ajudam a manter o prato mais popular do país livre de riscos à saúde.

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