PMs envolvidos na morte de jovem em São Marcos são afastados

Os militares envolvidos na morte do adolescente Caíque Reis, de 16 anos, no bairro de São Marcos, em Salvador, foram afastados das atividades operacionais. Segundo moradores, policiais executaram o jovem a tiros em uma ação no último domingo (28), mesmo depois dele estar rendido e com a mão na cabeça. Outro homem foi morto.

Em nota, a Polícia Militar da Bahia (PM-BA) informou que os militares prestaram depoimentos e foram encaminhados ao Departamento de Promoção Social da PM, onde recebem acompanhamento psicológico especializado, participam de atividades de apoio emocional e de palestras diárias voltadas à valorização da vida e aos valores humanos. Eles permanecem sob acompanhamento administrativo até a conclusão das investigações.

As apurações ocorrem em duas frentes complementares: na esfera administrativa, conduzida pela Corregedoria-Geral da PM, sob a responsabilidade direta do coronel Delmo, corregedor-geral, com objetivo de assegurar rigor, celeridade e total isenção; e na esfera criminal, a cargo do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) da Polícia Civil, responsável por investigar as circunstâncias do fato.

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“Não compactuamos com desvios de conduta e asseguramos a plena responsabilização de eventuais excessos”, afirmou a corporação.

A investigação é desdobramento de uma ação policial do último domingo, em que dois homens foram baleados e mortos no bairro de São Marcos, em Salvador. O caso ocorreu na localidade conhecida como São Domingos. Moradores do bairro bloquearam a Avenida Gal Costa em protesto pela morte das vítimas – uma delas foi o adolescente Caíque.

A versão da Polícia Militar é de que equipes do Batalhão Gêmeos faziam patrulhamento, quando receberam denúncia sobre pessoas armadas na região. “Durante a incursão, um grupo de homens efetuou disparos contra os policiais, que reagiram. Encerrado o confronto, dois suspeitos foram encontrados feridos”, informou a PM. A população contesta a versão e diz que o jovem era inocente.

Um vídeo que circula nas redes sociais mostra o momento em que policiais carregam as vítimas após serem baleadas, sob gritos e protestos de moradores que acompanhavam a cena. Em meio à confusão, um homem chega a ser empurrado enquanto discute com um dos policiais. “Mais um inocente na favela. Colocaram para subir a escada correndo, levaram para o beco e mataram. O menino olhando o campeonato que tá rolando na rua dele”, afirmou a pessoa que gravou o vídeo.

A PM informou que, durante a ação, foram apreendidos uma pistola calibre 9 mm, um revólver e porções de maconha, cocaína e crack. O material foi encaminhado para a Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), responsável pelo registro da ocorrência.

Leia a nota completa da PM sobre a investigação:

Em relação aos fatos ocorridos neste final de semana, no bairro de São Marcos, que resultaram na morte de duas pessoas, a Polícia Militar da Bahia esclarece que, tão logo tomou conhecimento da ocorrência envolvendo guarnição do Batalhão de Policiamento de Prevenção a Furto e Roubos de Coletivos (BPFRC), determinou a adoção imediata do Protocolo previsto na Portaria nº 070, de 10 de julho de 2025, que estabelece as medidas a serem aplicadas em situações de ocorrência com trauma, inclusive aquelas que resultam em lesão corporal grave ou morte.

Conforme o regulamento, os policiais militares envolvidos foram afastados das atividades operacionais, submetidos a oitivas individuais e encaminhados ao Departamento de Promoção Social da PM, onde recebem acompanhamento psicológico especializado, participam de atividades de apoio emocional e de palestras diárias voltadas à valorização da vida e aos valores humanos, permanecendo sob acompanhamento administrativo até a conclusão das investigações.

As apurações ocorrem em duas frentes complementares: na esfera administrativa, conduzida pela Corregedoria-Geral da PM, sob a responsabilidade direta do coronel Delmo, corregedor-geral, assegurando rigor, celeridade e total isenção; e na esfera criminal, a cargo do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) da Polícia Civil, responsável por investigar as circunstâncias do fato.

A Polícia Militar da Bahia reafirma seu compromisso com a legalidade, a transparência e a defesa da vida, ressaltando que não compactua com desvios de conduta e assegurará a plena responsabilização de eventuais excessos, sempre garantindo os direitos constitucionais ao contraditório e à ampla defesa.

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