Pai é inocentado pela Justiça após matar motorista que atropelou e tirou a vida do seu filho

O tribunal do júri decidiu, nesta semana, o destino de Dedilson de Oliveira Souza. O caso que o levou ao banco dos réus começou dois anos antes, em uma cena de dor irreparável: a morte do filho, Danilo Pignata, de 8 anos, em um atropelamento no centro de Goiânia.

Naquele dia, pai e filho estavam em um semáforo, vendendo balas, quando um carro desgovernado subiu no canteiro central e atingiu a criança. O impacto foi registrado por câmeras de segurança. Nas imagens, é possível ver o momento em que o veículo, conduzido por Francilei da Silva Jesus, perde o controle e atinge Danilo, que estava próximo a uma árvore.

A tragédia e a reação imediata

Dedilson escapou por instantes, mas viu o filho morrer diante de seus olhos. O desespero se transformou em fúria. Sem conseguir conter a dor, ele partiu para cima do motorista, agredindo-o com chutes e pedradas. Francilei chegou a ser levado ao hospital, mas não resistiu aos ferimentos.

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A investigação apontou que o condutor estava embriagado no momento do acidente, o que agravou a revolta de quem testemunhou a cena.

O julgamento no tribunal do júri

No julgamento, a defesa de Dedilson argumentou que não havia como dissociar a tragédia da reação imediata do pai. Sustentou-se a tese de homicídio privilegiado — quando a ação é cometida sob forte emoção, logo após uma provocação injusta.

O júri reconheceu que Dedilson agiu dominado por uma emoção extrema, causada pela perda súbita e brutal do filho. Por maioria de votos, os jurados absolveram o réu da acusação de homicídio.

O juiz Lourival Machado da Costa, ao proclamar a sentença, destacou que a decisão refletia o entendimento popular sobre o caso: “O réu não é culpado”.

Dor que não se apaga

Mesmo com a absolvição, a vida de Dedilson jamais voltará a ser a mesma. O episódio expôs o limite humano entre a dor e a justiça. Para especialistas, a decisão do júri também levanta um debate sobre a forma como o sistema penal deve lidar com crimes cometidos em situações extremas de sofrimento.

O caso encerra-se nos tribunais, mas segue aberto no coração de um pai que perdeu o filho em circunstâncias trágicas e irreversíveis.

 

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