Retorno de líder do BDM ao presídio da Mata Escura acende alerta nas forças de segurança na Bahia
A recente transferência de Antônio Dias de Jesus, conhecido como Colorido, para o Conjunto Penal Masculino de Salvador (CPMS), no Complexo Penitenciário da Mata Escura, acendeu um sinal de alerta entre as forças de segurança pública da capital baiana. Apontado como um dos principais líderes do Bonde do Maluco (BDM) na Região Metropolitana, o traficante é considerado peça-chave no comando da facção criminosa.
Colorido já esteve custodiado no CPMS em junho de 2024, período em que foi alvo da Operação Torre, deflagrada pelo Ministério Público da Bahia (MPBA). As investigações revelaram que, mesmo preso, ele mantinha contato direto com outros detentos e com criminosos em liberdade por meio de celulares clandestinos. A descoberta levou à sua remoção para o presídio de Serrinha, no interior do estado — uma tentativa de enfraquecer sua rede de comunicação e articulação.
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No entanto, o retorno de Colorido ao presídio da capital levanta suspeitas e preocupa as autoridades. Fontes da segurança pública temem que, com a volta à unidade onde já teria desfrutado de regalias e liberdade de articulação, o traficante possa retomar o comando das operações do BDM com ainda mais força.
Historicamente, o Complexo da Mata Escura já foi alvo de denúncias sobre favorecimentos a lideranças do crime organizado, o que aumenta a tensão em torno da presença de figuras como Colorido. Para investigadores, é fundamental redobrar a vigilância e conter qualquer tentativa de reestruturação da facção a partir de dentro do sistema penitenciário.
O caso reacende o debate sobre o controle real do Estado dentro das unidades prisionais e o quanto a influência de chefes do crime ainda persiste, mesmo atrás das grades. A movimentação da Justiça será acompanhada de perto, e a expectativa é de que as autoridades evitem que a prisão, em vez de conter, acabe fortalecendo o poder paralelo.
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