O caso de Yara Melo Delfino, de 12 anos, mobilizou autoridades, familiares e a comunidade após o seu desaparecimento em 6 de julho, em Santos. A suspeita inicial envolvia troca de mensagens com um homem que teria conhecido pela internet – possivelmente durante um jogo online. A adolescente foi encontrada na sexta-feira, 11 de julho, em São Bernardo do Campo, a cerca de 53 km de distância, na casa do suposto interlocutor .
Linha do tempo
- 6 de julho, domingo – por volta das 18h30: Yara, que estava sob responsabilidade de uma tia, informou que iria “arrumar a casa”, mas não retornou após deixar o local com uma mochila.
- Noite anterior: A mãe, Maria Patrícia, descobriu que Yara estava em uma chamada de voz com um homem – ao atender, ele desligou. O contato do rapaz foi bloqueado pouco depois.
- 7 de julho, segunda-feira: O caso foi registrado como desaparecimento no 2º DP de Santos e encaminhado à 3ª Delegacia do Deic.
A descoberta
Na sexta-feira, a menina entrou em contato com a mãe e foi encontrada em São Bernardo do Campo. Foi levada até a delegacia e acompanhada pelo Conselho Tutelar, conforme informou a Secretaria de Segurança Pública.
O delegado Thiago Nemi Bonametti explicou que o jovem com quem Yara estava foi identificado. Ele também destacou que a investigação segue para apurar eventuais atos ilícitos – sexuais ou não – dependendo do relato da própria adolescente.
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O que já se sabe – e o que ainda é incerto
- Motivação do contato: A mãe acredita que a filha conheceu o rapaz durante um jogo online. A polícia ainda não confirma se o encontro ocorreu pelo game ou via redes sociais.
- Sinais de falhas na comunicação familiar: Yara havia se mudado recentemente para a casa da mãe, numa guarda compartilhada com a avó, cerca de 15 dias antes. O delegado aponta possíveis conflitos domésticos como fator de risco
- Manipulação ou fuga voluntária? Conforme o delegado, se não houver relação sexual ou ato libidinoso e se a jovem foi por vontade própria, o homem pode não ser indiciado. Mas nada está definido até a adolescente prestar depoimento
Reflexo na sociedade
O episódio reacende o alerta sobre perigos inerentes ao ambiente digital, especialmente para crianças em contato com desconhecidos. Especialistas em segurança digital e instituições de proteção infantil ressaltam a importância de supervisão parental e diálogo transparente.
Próximos passos na investigação
- Depoimento formal de Yara, acompanhado pelo Conselho Tutelar.
- Avaliação policial sobre possíveis crimes cometidos pelo rapaz – hoje com 18 anos.
- Avaliação de estratégias preventivas em famílias e escolas para evitar situações semelhantes.
Pontos de reflexão
- Riscos digitais: jogos e redes permitem conexões perigosas quando não há cuidado e supervisão.
- Prioridade no acolhimento: assistência psicológica e apoio familiar são fundamentais para a reconstrução emocional de Yara.
- Responsabilização legal: só com informações concretas poderá haver punição ao adulto envolvido, se houver infração.
O caso termina pela primeira vez com um desfecho feliz, com a menina em segurança – mas ainda há muito a esclarecer para garantir justiça e prevenir novos riscos na internet.
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