O que era para ser apenas mais um jogo do campeonato argentino acabou se transformando em um episódio policial. O meia Dylan Vergara, do Real Pilar, foi preso neste fim de semana ao tentar acessar o estádio Alfredo Ramos, em Buenos Aires, para acompanhar a partida do seu time contra o Comunicaciones, válida pela Primeira B Metropolitana — a terceira divisão do futebol argentino.
Durante a checagem de rotina feita nos pontos de controle da entrada, a polícia identificou que havia um mandado de prisão ativo por tentativa de homicídio contra o jogador, expedido desde 28 de janeiro. Imediatamente, os agentes deram voz de prisão e conduziram Vergara à delegacia.
Jogando mesmo foragido
O que chamou ainda mais a atenção das autoridades e da imprensa local foi o fato de Dylan Vergara ter atuado normalmente em campo durante toda a temporada, mesmo com a ordem judicial em aberto. Desde a estreia do Real Pilar no Torneio Apertura, em 8 de fevereiro, ele participou de sete partidas, marcou dois gols e deu uma assistência — números que mostram que, mesmo procurado, o atleta mantinha uma rotina esportiva ativa.
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🚨 JUEGA AL FÚTBOL EN REAL PILAR, FUE A UN PARTIDO A ALENTAR Y LO DETUVIERON POR TENTATIVA DE HOMICIDIO
— Vía Szeta (@mauroszeta) June 16, 2025
– Dylan Vergara tenía una orden de captura del juzgado de garantías 3 de Lomas de Zamora.
– En el marco de Tribuna Segura lo detuvieron en la cancha de Comunicaciones. pic.twitter.com/wAkrcqADxg
Essa situação levanta um sinal de alerta sobre a falha nos sistemas de controle e verificação em eventos esportivos, principalmente no que diz respeito a atletas que já respondem na Justiça por crimes graves.
Partida continuou normalmente
Apesar do clima de tensão nos bastidores, o jogo entre Real Pilar e Comunicaciones seguiu conforme programado e terminou com a vitória do Comunicaciones por 1 a 0.
O caso de Dylan Vergara reacende o debate sobre a responsabilidade dos clubes e das federações em realizar um acompanhamento mais rigoroso da ficha dos seus jogadores, além de expor a fragilidade na comunicação entre os órgãos judiciais e o mundo esportivo. Afinal, como alguém com um mandado de prisão pôde circular livremente e atuar em partidas oficiais durante semanas sem ser detido?
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