Uma tragédia abalou a cidade de Limeira, no interior de São Paulo, nesta sexta-feira (6). O procurador jurídico da prefeitura, Rafael Horta, de 40 anos, é apontado como autor do assassinato da própria esposa, Cristiane Laurito, e do filho do casal, um bebê de apenas dois meses. Após cometer os crimes, ele teria tirado a própria vida. O caso aconteceu em um condomínio de alto padrão no bairro Parque Roland.
Segundo a polícia, o crime foi descoberto logo no início da manhã. O pai de Rafael, avô do bebê, foi até a residência da família com o objetivo de levá-lo a uma consulta médica. Sem conseguir contato com os moradores, decidiu entrar na casa — e encontrou os três corpos juntos em uma cama. Uma arma de fogo estava próxima, indicando a possibilidade de que os disparos tenham sido feitos com ela.
Cristiane Laurito, a esposa, era servidora da Câmara Municipal de Campinas. Segundo o delegado João Vasconcelos, responsável pelas investigações, o crime foi registrado na Delegacia de Defesa da Mulher (DDM) de Limeira como feminicídio e homicídio.
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A polícia apura as circunstâncias e a motivação do caso, mas o histórico de saúde mental de Rafael Horta já entrou na linha de investigação. Familiares informaram que ele enfrentava um quadro de depressão e estava afastado do trabalho havia cerca de um mês por recomendação médica, após avaliação de um psiquiatra.
A Prefeitura de Limeira divulgou uma nota oficial lamentando profundamente a tragédia. “A Administração Municipal manifesta solidariedade aos familiares e amigos das vítimas, prestando seu pesar e respeito neste momento tão difícil”, declarou.
Nas redes sociais, Rafael mantinha uma vida aparentemente estável e amorosa. Postava fotos com a esposa e o filho recém-nascido, celebrava momentos em família e acompanhava jogos da seleção brasileira. Segundo o portal Metrópoles, ele atuava há 17 anos na área jurídica, sendo 13 deles como procurador do município de Limeira.
Apesar da imagem pública tranquila, os bastidores revelam o impacto silencioso de questões emocionais não tratadas de forma eficaz. O caso levanta debates importantes sobre saúde mental entre profissionais do serviço público, violência doméstica e os desafios enfrentados por famílias mesmo em contextos de aparente estabilidade.
A investigação segue em andamento. Especialistas apontam que, em casos como este, a combinação de depressão, isolamento e ausência de apoio adequado pode gerar consequências irreparáveis. É por isso que reforçar a rede de acolhimento emocional, tanto no ambiente de trabalho quanto fora dele, é essencial.
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