Petrobras pagará R$ 5,3 milhões em indenização a 45 funcionários na Bahia

Um acordo histórico marcou a 9ª Semana Nacional da Conciliação Trabalhista na Bahia: a Petrobras terá que pagar R$ 5,3 milhões em indenização a 45 funcionários que atuam no estado. A compensação é referente à violação do direito ao intervalo intrajornada, que deveria ter sido garantido desde 2010.

Esse tipo de intervalo é o período destinado ao descanso e à alimentação dentro da jornada de trabalho. Quando não é cumprido corretamente, o empregador é obrigado a pagar uma indenização. E foi exatamente isso que os trabalhadores buscavam há mais de uma década — agora, com um desfecho favorável graças à conciliação promovida pelo Tribunal Regional do Trabalho da Bahia (TRT-BA).

Conciliação: uma solução que evita décadas de espera

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De acordo com a juíza Mônica Sapucaia, que coordenou a audiência e atua no Centro Judiciário de Solução de Conflitos e Cidadania (CEJUSC 1º grau), acordos como esse são fundamentais para acelerar a justiça. “Processos desse tipo, quando vão até o fim, costumam durar 20 anos ou mais. A conciliação é uma forma de ressignificar relações e economizar recursos para todos os envolvidos”, afirmou.

O caso é considerado inédito por reunir um número tão expressivo de trabalhadores da estatal em um mesmo acordo no estado da Bahia. A negociação foi mediada pelo Judiciário, com a participação do sindicato da categoria e de representantes da Petrobras.

Semana Nacional da Conciliação Trabalhista: diálogo em foco

A audiência que selou o acordo aconteceu na quarta-feira (28) e integrou as ações da 9ª Semana Nacional da Conciliação Trabalhista, iniciativa promovida em todo o país pela Justiça do Trabalho com o objetivo de incentivar soluções consensuais. O evento é uma oportunidade para empresas e trabalhadores resolverem conflitos de forma mais rápida, humana e eficiente.

Presente e futuro da Petrobras na Bahia

Além do impacto financeiro do acordo, o episódio ocorre em um momento de reaproximação da Petrobras com o estado. Em maio, a companhia anunciou a retomada das perfurações de poços na Bahia, algo que não acontecia há seis anos. A expectativa é que, nos próximos cinco anos, mais de 100 poços sejam perfurados em cidades como Alagoinhas, Entre Rios, Esplanada, Cardeal da Silva, Araçás, Catu, Candeias e São Sebastião do Passé.

Com isso, a estatal reforça sua presença na região e reacende expectativas de crescimento econômico e geração de empregos. No entanto, episódios como o da indenização mostram a importância de garantir que os direitos trabalhistas caminhem lado a lado com os avanços da indústria.

Um recado claro: direito trabalhista não é opcional

O caso da Bahia deixa um recado importante para empresas públicas e privadas: negligenciar direitos básicos, como o intervalo para alimentação e descanso, pode gerar consequências graves e de longo prazo. Ao mesmo tempo, reforça o papel essencial da Justiça do Trabalho em garantir que essas violações não passem impunes.

Para os trabalhadores da Petrobras, o acordo é mais do que uma reparação financeira — é o reconhecimento oficial de que sua luta por direitos foi legítima e, acima de tudo, necessária.

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