Vídeo de ‘chá revelação de traição’ vai parar na Justiça; ex pede R$ 100 mil por danos morais

O que deveria ser um momento de celebração se transformou em um caso judicial de repercussão nacional. Durante um “chá revelação” realizado no dia 9 de julho, na cidade de Quinze de Novembro (RS), a agricultora Natália Kank surpreendeu os convidados ao revelar não apenas o sexo do bebê, mas também uma suposta traição cometida por seu então companheiro, Rafael Eduardo Schemmer, de 27 anos.

O episódio foi filmado e rapidamente viralizou nas redes sociais, gerando milhares de compartilhamentos, reações e comentários. Agora, Rafael entrou com uma ação cível contra a ex-companheira, alegando que teve sua intimidade exposta de forma abusiva. No processo, que corre sob segredo de Justiça, ele pede uma indenização de R$ 100 mil por danos morais. As informações são do jornal Folha de S. Paulo.

Cidade pequena, repercussão gigante

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Segundo o advogado de Rafael, José Luiz Dorsdt, o caso teve um impacto desproporcional na cidade gaúcha, que tem menos de 5 mil habitantes. “A vida do meu cliente está arruinada. Ele tem sido alvo de humilhações públicas e virtuais. Em comunidades pequenas, escândalos como esse dificilmente são esquecidos”, afirmou o defensor em entrevista ao portal F5.

A principal prioridade da defesa, neste momento, é a remoção do vídeo das plataformas digitais. “Vingança emocional pelas redes sociais multiplica os danos de forma exponencial. Isso ultrapassa os limites de um conflito conjugal comum”, ressaltou o advogado.

Separação oficializada e processos em andamento

A relação entre Rafael e Natália já está formalmente encerrada. De acordo com a defesa, o agricultor solicitou a separação seis dias antes do episódio, reconhecendo que havia cometido um erro. O processo de dissolução da união estável e de partilha de bens já foi iniciado, e ainda será necessário discutir guarda, pensão e visitação da criança.

Procurada pela reportagem, a assessoria de imprensa de Natália informou que ela não concederá entrevistas neste momento e negou que exista, até agora, qualquer ação judicial em curso além do divórcio.

Ação criminal pode ser o próximo passo

Embora o processo atual seja de natureza cível, a equipe jurídica de Rafael não descarta abrir uma ação criminal por difamação, caso a ex-companheira continue com as exposições públicas.

O episódio abre debate sobre os limites do uso das redes sociais em conflitos familiares e o impacto real que a viralização de conteúdos sensíveis pode ter na vida das pessoas envolvidas — especialmente em cidades do interior, onde a repercussão se espalha com ainda mais intensidade.

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