Seis homens viveram momentos de desespero em alto-mar antes de serem resgatados pelo cargueiro Amis Unicorn, no dia 15 de março, próximo ao litoral de Sergipe. A tripulação, composta por cinco brasileiros e um holandês, enfrentou dias de incerteza após abandonar um pequeno pesqueiro que começou a afundar durante a travessia entre Itajaí (SC) e o Rio Grande do Norte.
O início da emergência no mar
A embarcação seguia para reforma no Nordeste quando, em 10 de março, foi atingida por fortes ondas, comprometendo o casco. A tripulação tentou conter a entrada de água, mas os esforços foram em vão. “Ficamos dias tentando salvar o barco, mas a água não parava de entrar”, relatou Marcelo Bellas, capitão e proprietário do pesqueiro. Quando o barco estava prestes a submergir completamente, os seis homens embarcaram em uma balsa salva-vidas inflável, à mercê do oceano.
O resgate improvável
Após cinco dias à deriva, a esperança ressurgiu quando avistaram uma luz no horizonte. O grupo lançou um sinal de emergência e conseguiu chamar a atenção da tripulação do Amis Unicorn. O holandês que acompanhava os brasileiros teve um papel crucial na comunicação com os tripulantes chineses do cargueiro. “Foi um alívio indescritível”, disse Bellas, ainda emocionado após o resgate.
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O comandante do Amis Unicorn, Huang Yongchao, foi elogiado pela rápida resposta à emergência. Os seis resgatados desembarcaram em segurança em Santos (SP), sem ferimentos graves.
Sobrevivência no mar e mudanças de vida
A experiência extrema levou Bellas a refletir sobre sua profissão. “É como se tivéssemos renascido. Depois disso, estou reconsiderando meu futuro no mar”, confessou ele à agência Xinhua.
Esse foi o segundo caso de resgate de brasileiros em alto-mar no último ano. Em 2023, o velejador paulista Marcelo Osanai sobreviveu ao naufrágio de um veleiro no meio do Atlântico, um episódio que não teve o mesmo desfecho para o capitão da embarcação.
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