Quase quatro meses após o brutal assassinato do motorista de aplicativo Wellington Santos Araújo, a Polícia Civil da Bahia deu início, na manhã desta terça-feira (6), à Operação Última Rota, com o objetivo de capturar os traficantes envolvidos no crime. A ação é mais um passo para desarticular a quadrilha que teria executado Wellington durante uma corrida no bairro do Engenho Velho de Brotas, em Salvador.
A operação foi deflagrada para cumprir mandados de prisão temporária, busca e apreensão, além de outras medidas cautelares autorizadas pela Justiça. Durante o cumprimento das ordens judiciais, dois investigados foram presos, enquanto um terceiro suspeito morreu em confronto ao reagir à chegada dos policiais civis da 1ª Delegacia de Homicídios (DH/Atlântico).
Além dos alvos da investigação, outra pessoa foi presa em flagrante por tráfico de drogas, e um arsenal de armas e entorpecentes foi apreendido nos locais onde a operação foi realizada, nos bairros do Engenho Velho da Federação e do Lobato.
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Execução covarde chocou a comunidade
O crime aconteceu em abril deste ano, quando Wellington foi surpreendido e fuzilado por traficantes enquanto trabalhava, em plena luz do dia, na Rua Bariri, no Engenho Velho de Brotas. O caso chocou a comunidade pela frieza dos criminosos, que atiraram sem dar qualquer chance de defesa à vítima, que estava apenas realizando mais uma corrida de aplicativo.
Desde o início das investigações, a polícia descartou a hipótese de latrocínio (roubo seguido de morte) e seguiu a linha de execução planejada por um grupo criminoso que atua fortemente na região. As motivações ainda estão sendo aprofundadas, mas tudo indica que o crime foi uma retaliação do tráfico contra a presença de pessoas “estranhas” circulando em áreas dominadas por facções.
Operação mobilizou mais de 70 agentes
A Operação Última Rota reuniu um grande efetivo, com cerca de 70 agentes de segurança, organizados em 10 equipes da Polícia Civil e 12 da Polícia Militar. A força-tarefa não tem prazo para ser concluída, já que o objetivo principal é localizar e prender todos os envolvidos na execução do motorista, além de desarticular o esquema criminoso que controla o tráfico nas áreas-alvo.
As investigações continuam em andamento, e novas diligências devem ocorrer nos próximos dias. A polícia também está analisando se a quadrilha tem relação com outros crimes violentos ocorridos na região.
A população pode ajudar
As autoridades reforçam a importância da colaboração da comunidade para localizar os demais integrantes do grupo. Informações podem ser repassadas de forma anônima através do Disque Denúncia (181). O sigilo é garantido.
Este caso escancara o impacto das facções criminosas na vida de trabalhadores e a necessidade de ações integradas para devolver a sensação de segurança à população.
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