Um caso envolvendo um policial militar está sendo investigado após um disparo de arma de fogo ter sido feito dentro de um bar no bairro do Rio Vermelho, em Salvador, na noite do último sábado (26). O suspeito do tiro é o soldado Djavan Luiz Reis Souza, que, segundo testemunhas, teria reagido de forma violenta após ser rejeitado por uma mulher com quem dançava no local.
Rejeição, assédio e disparo: o que dizem as testemunhas
De acordo com relatos obtidos pela TV Bahia, pelo menos nove pessoas já prestaram depoimento sobre o episódio. Uma testemunha contou que o policial estava dançando com uma mulher no bar, quando apalpou as nádegas dela sem consentimento. Incomodada com a atitude, a mulher o afastou imediatamente.
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Em seguida, o PM teria confidenciado a um amigo da moça que estava “apaixonado”, mas recebeu uma resposta direta: “só lamento”. Após a rejeição, ele sacou uma arma e atirou para o alto.
Os estilhaços do disparo ainda atingiram uma mulher, que sofreu ferimentos. Agentes da 12ª Companhia Independente da Polícia Militar (CIPM/Rio Vermelho) fizeram buscas no local e em hospitais da região para localizar vítimas, mas não encontraram ninguém oficialmente atendido até a manhã de terça-feira (29).
Vídeos revelam comportamento após o tiro
Imagens que circulam nas redes sociais mostram o PM deixando o bar com uma garrafa de bebida na mão, aparentemente alterado, caminhando em direção ao próprio carro logo após o disparo. O conteúdo dos vídeos reforça a gravidade da situação e pode ser incluído como prova no inquérito policial.
PM diz adotar medidas, mas não detalha quais
A Polícia Militar da Bahia informou, por meio de nota oficial, que iniciou os procedimentos disciplinares cabíveis contra o agente. No entanto, não esclareceu quais medidas estão sendo adotadas. A corporação também declarou que mantém o compromisso com a legalidade, a ética e a responsabilização de seus membros sempre que houver conduta incompatível com o exercício da função policial.
Investigação segue em andamento pela Polícia Civil
A apuração do caso está sob responsabilidade da Polícia Civil, que confirmou estar realizando diligências e ouvindo testemunhas para entender melhor as circunstâncias do disparo. Até o momento, o policial Djavan Luiz não foi detido nem teve prisão preventiva decretada.
Violência e descontrole emocional levantam alerta
O episódio evidencia mais uma vez a preocupação com o comportamento de agentes públicos fora do expediente, especialmente em locais de lazer, onde o consumo de álcool pode agravar situações de conflito. O fato de o autor ser um policial militar também levanta o debate sobre preparo emocional, uso de armas fora do serviço e responsabilização efetiva.
Enquanto as investigações seguem, cresce a pressão pública para que o caso não termine impune. Afinal, a população espera de um policial proteção, não ameaças — muito menos em ambientes frequentados por civis em momentos de lazer.
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