Terceiro Comando Puro: saiba qual é a facção que acendeu alerta no Farol da Barra

A presença de siglas pichadas em balaustradas no entorno do Farol da Barra, um dos cartões-postais mais famosos de Salvador, acendeu um alerta nas forças de segurança: trata-se da marcação de território do Terceiro Comando Puro (TCP), a segunda maior facção criminosa do Rio de Janeiro e arquirrival do Comando Vermelho (CV), facção que vem aterrorizando a capital baiana desde 2020.

O TCP é conhecido por travar disputas violentas com o CV em várias regiões do Brasil, e sua chegada a Salvador intensifica ainda mais a guerra pelo controle do tráfico de drogas. Embora as pichações no Farol da Barra tenham chamado atenção recentemente, a atuação do TCP na Bahia é relativamente nova. A facção desembarcou no estado no ano passado, mas a primeira aparição registrada foi no primeiro semestre de 2024, na cidade de Santo Amaro, no Recôncavo Baiano.

Na ocasião, as siglas do Bonde do Maluco (BDM), facção baiana, foram pichadas por cima das iniciais do TCP em muros, casas e comércios. Isso era um sinal claro de aliança entre os dois grupos, formando um bloco de oposição direta ao domínio do Comando Vermelho na região.

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TCP chega a Salvador e intensifica disputa com o CV
Em junho de 2024, o TCP deu um passo ousado: entrou em Mussurunga, bairro de Salvador, e firmou parceria com o BDM para tomar o controle da Vila Verde, uma área dominada pelo Comando Vermelho. A tática de aliança, já vista em Santo Amaro, se repetiu na capital.

A movimentação do TCP não é apenas simbólica. A facção chegou à Bahia equipada com armamento pesado, o que elevou o nível da disputa territorial. Cada nova pichação, seja no Recôncavo, em Mussurunga ou agora na Barra, representa uma ameaça real de confrontos armados, acirrando a tensão em bairros que já sofrem com a violência do tráfico.

Origem do Terceiro Comando Puro (TCP)
O TCP surgiu no Rio de Janeiro como uma dissidência do antigo Terceiro Comando (TC). A facção adotou o termo “Puro” para deixar claro que se desvinculava dos antigos aliados e criava uma identidade própria, com regras e códigos de conduta próprios. Essa ruptura foi marcada por uma disputa direta com o Comando Vermelho, rivalidade que atravessou fronteiras e chegou à Bahia.

Em Salvador, o TCP tenta avançar em territórios controlados pelo CV, utilizando a mesma estratégia de alianças locais que já aplicou em outras regiões do país. A parceria com o BDM é, portanto, uma tentativa de somar forças no combate ao domínio do Comando Vermelho no estado.

As autoridades acompanham de perto essa escalada de violência, pois a entrada de uma facção como o TCP na capital baiana pode significar uma nova onda de confrontos, afetando diretamente a segurança pública em áreas urbanas e turísticas.

 

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