A Justiça determinou, nesta segunda-feira (5), a prisão preventiva do homem investigado por envolvimento em um suposto plano de ataque a bomba durante o show de Lady Gaga no Brasil. Para você entender bem: ele já havia sido preso antes, em flagrante, no Rio Grande do Sul, por porte ilegal de armas durante a chamada Operação Fake Monster. Na ocasião, ele pagou fiança e foi liberado. O problema é que ele não apareceu na audiência de custódia — e isso pesou na decisão de mandá-lo de volta para a prisão.
A ordem de prisão foi assinada pela juíza Fabiana Pagel, do Núcleo de Gestão Estratégica do Sistema Prisional (Nugesp). Segundo ela, as medidas cautelares que tinham sido aplicadas antes não eram suficientes, principalmente considerando a gravidade da situação. Vale destacar um ponto importante: não foram encontrados explosivos com ele. Mesmo assim, a Justiça entendeu que o risco era alto, já que o investigado estava com três armas de fogo e, segundo a polícia, fazia parte de um grupo que articulava atentados e espalhava discursos de ódio.
A Operação Fake Monster, que está por trás dessa investigação, foi organizada pela Polícia Civil com apoio do Laboratório de Operações Cibernéticas do Ministério da Justiça. O objetivo era desarticular uma rede de extremistas que atuava na internet, promovendo crimes graves: incentivo a crimes de ódio, automutilação, pedofilia e até a fabricação de explosivos.
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Esse grupo não atuava sozinho. Entre os investigados, um adolescente também foi apreendido no Rio de Janeiro. A intenção do grupo, segundo a polícia, era criar e divulgar atos violentos como se fossem “desafios” para ganhar visibilidade na internet.
Durante a operação, a polícia cumpriu 13 mandados de busca e apreensão em quatro estados — Rio de Janeiro, São Paulo, Rio Grande do Sul e Mato Grosso. Vários dispositivos eletrônicos e outros materiais foram recolhidos e agora estão sendo analisados para aprofundar a investigação. O trabalho da polícia continua, com o foco em identificar mais integrantes dessa rede e impedir a continuidade das ações criminosas.
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