Suspeita de envenenar família com ovo de Páscoa finge ser mulher trans para despistar polícia

Um crime marcado por requintes de crueldade e manipulação abalou o Maranhão e provocou comoção nacional. O caso envolve Jordélia Pereira Barbosa, de 35 anos, principal suspeita de envenenar três pessoas da mesma família por meio de um ovo de Páscoa. A tragédia resultou na morte de uma criança de 7 anos e deixou a mãe e a irmã dele em estado grave.

O que parecia ser um gesto de carinho, na verdade, escondia um plano meticuloso. Segundo a investigação da Polícia Civil, Jordélia percorreu 384 quilômetros de Santa Inês até Imperatriz para executar o crime. Durante a viagem, adotou uma identidade falsa — Gabrielle Barcelli — e se hospedou em um hotel apresentando um crachá de uma suposta empresa de gastronomia. Para justificar a ausência de documentos, alegou ser uma mulher trans em processo de transição e regularização dos registros civis.

Mas o disfarce não parou por aí. Próximo ao local de trabalho de uma das vítimas, Mirian Lira, Jordélia montou uma falsa ação promocional: uma “degustação de trufas” com bilhetes de supostos clientes elogiando os doces. Esse cenário cuidadosamente construído seria apenas a fachada para o verdadeiro objetivo: envenenar a família de Mirian, ex-companheira de seu atual namorado.

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Ainda no mesmo dia, disfarçada, Jordélia foi até uma loja de chocolates, comprou o ovo de Páscoa e organizou a entrega por um motoboy. O presente chegou à casa das vítimas com um bilhete: “Com amor, para Mirian Lira. Feliz Páscoa.” Pouco tempo depois, Mirian recebeu uma ligação perguntando se o presente havia sido entregue, o que reforça a suspeita de premeditação.

Horas após a ingestão do chocolate, o menino Luís Fernando, de 7 anos, começou a passar mal. Levado às pressas ao hospital, foi entubado, mas não resistiu. A mãe, Mirian, e a filha de 13 anos, Evelyn Fernanda, também apresentaram sintomas e seguem internadas em estado grave na UTI.

A principal linha de investigação aponta que o crime teria sido motivado por ciúmes e desejo de vingança. Jordélia, que assumiu ter comprado o chocolate, nega ter adicionado qualquer substância tóxica ao doce. Ainda assim, o caso está sendo tratado com extremo rigor pelas autoridades.

Além do luto e da dor da família atingida, o episódio levanta debates importantes: como identificar comportamentos obsessivos antes que escalem para a violência? Até que ponto a manipulação emocional pode se esconder atrás de gestos aparentemente inofensivos?

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