A partir desta quinta-feira (31), a Starlink, serviço de internet da SpaceX — empresa de Elon Musk —, dá um passo importante rumo à democratização do acesso à internet em áreas remotas. O sistema Direct to Cell, que utiliza satélites para fornecer conexão direta a celulares, passa a funcionar gratuitamente em cerca de 50 modelos de smartphones de diferentes marcas.
A tecnologia foi lançada em janeiro de 2024 de forma limitada, mas agora ganha escala. A promessa da empresa é ambiciosa: garantir internet em qualquer lugar do planeta, desde que o usuário esteja ao ar livre — mesmo sem sinal de torres de telefonia próximas.
Como funciona essa nova internet via satélite?
Diferente das redes móveis convencionais, que precisam de antenas e torres fixas para funcionar, o serviço Direct to Cell transforma satélites da Starlink em verdadeiras “torres de celular espaciais”. Isso permite a conexão mesmo em regiões rurais, áreas isoladas ou em situações de emergência, onde a cobertura convencional é inexistente ou instável.
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Por enquanto, o serviço ainda é limitado, mas já permite o envio de mensagens de texto, compartilhamento de localização e contato com serviços de emergência — funcionalidades que podem ser vitais em momentos críticos. Em breve, a Starlink pretende expandir para chamadas de voz e navegação na internet completa.
Quais celulares são compatíveis?
A lista contempla modelos lançados principalmente nos últimos dois anos, incluindo smartphones da Samsung, Apple, Motorola, Google e T-Mobile (operadora dos EUA). Veja abaixo alguns dos destaques:
Apple (12 modelos)
- iPhone 14, 15 e os recém-lançados iPhone 16, incluindo versões Pro e Plus
- Compatibilidade com toda a linha recente
Samsung (27 modelos)
- Modelos das linhas Galaxy A, S, Z Flip e Fold, além da versão XCover
- Aparelhos como Galaxy S21, S22, S23, S24 e o novíssimo S25 já estão prontos para o serviço
Motorola (5 modelos)
- Inclui os modelos mais recentes como Moto G 5G (2024) e Razr
Google (4 modelos)
- Toda a linha Pixel 9, incluindo o Pixel 9 Pro Fold
T-Mobile (2 modelos)
- Exclusivos da operadora norte-americana
O que é preciso para usar?
Além de possuir um celular compatível, é fundamental que o sistema operacional do dispositivo esteja atualizado na versão mais recente. Para ativar a funcionalidade, o usuário deve:
- Acessar as configurações do aparelho
- Ir até “Conexões” ou “Redes móveis”
- Ativar a opção de conexão automática para redes emergenciais
Essa configuração permite que o celular se conecte automaticamente à rede de satélites da Starlink quando estiver fora da área de cobertura das redes tradicionais.
Por que isso é relevante?
O projeto Direct to Cell representa uma revolução na conectividade móvel. Ele tem o potencial de levar internet e comunicação a milhões de pessoas que vivem ou viajam por áreas remotas, regiões de difícil acesso ou zonas afetadas por desastres naturais. Além disso, o serviço reforça a ideia de que, no futuro próximo, a internet poderá ser acessada de qualquer ponto do globo, com cada vez menos barreiras físicas.
Para o Brasil, ainda que a operadora T-Mobile não atue no país, a compatibilidade com aparelhos de marcas amplamente usadas aqui, como Samsung, Motorola e Apple, abre caminho para que a tecnologia seja ampliada para os consumidores brasileiros, especialmente em zonas rurais e regiões da Amazônia Legal, por exemplo.
O que vem pela frente?
A Starlink planeja continuar expandindo a capacidade do serviço nos próximos meses. As próximas etapas devem incluir:
- Chamadas de voz por satélite
- Acesso completo à internet (navegação, streaming, etc.)
- Planos comerciais com cobertura global
A expectativa é que essa conectividade se integre cada vez mais com os serviços de emergência, segurança pública e até operações humanitárias.
Com a liberação gratuita da conexão para celulares compatíveis, a Starlink dá um importante passo rumo a um mundo mais conectado — independentemente da localização geográfica do usuário. Uma inovação que pode salvar vidas, ampliar oportunidades e transformar o acesso à informação em locais antes esquecidos pela infraestrutura tradicional.
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