Sindicato de pais de bebê Reborn realiza protesto com exigências para ter o Bolsa Família – Veja vídeo

Imagina uma manhã regada a mamadeiras, tintas guache e muito desabafo? Assim começou, em Nova Lima (MG), o Encontro Nacional de Pais de Bebê Reborn — isso mesmo, reborn, aquelas bonecas realistas que, para muita gente, são bem mais que brinquedos. São filhas. São parte da rotina. São… motivo de manifestação.

O evento foi promovido pelo recém-criado Sindicato dos Pais de Bebê Reborn, e contou com a presença de seu presidente, o senhor Jacinto Leite, que não economizou emoção:

“Cara, nossa ideia é lutar pelos nossos direitos, né? Curso, escola integral, licença de maternidade e paternidade de seis meses pros dois… porque a gente tem que trabalhar também, né?”

Sim, você leu certo. O movimento exige direitos reais para situações surreais. Mas não se engane: por trás da sátira, há um retrato nítido de um país em que a burocracia, o humor e o caos se encontram numa esquina qualquer da vida real. Veja vídeo:

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Quando três pais viram multidão

Pode até parecer um grupo pequeno — três ou quatro participantes — mas o barulho foi grande. Cartazes improvisados, bonecas no colo e palavras de ordem sobre fraldas, leite e licença parental. A cena parecia saída de um roteiro de comédia, mas não é que faz pensar?

Um dos relatos mais marcantes veio do senhor Daniel, pai da pequena Yasmin (ou melhor, tutor):

“Hoje eu vim vindicar. Tem que entrar também no Bolsa Família. A menina mama muito. E o leite tá caro.”

Daniel também revelou um pedido inusitado: pensão alimentícia para si mesmo — já que, segundo ele, o “pai da criança” (ele mesmo) não está colaborando. É o que ele chama de autoflagelo paterno-burocrático. Surreal? Sim. Mas não é justamente o exagero que revela o absurdo?

Um “apagão parental” em pleno 2025?

Houve até quem tivesse sido demitido por cuidar da filha (que, claro, também é uma boneca):

“Fui mandado embora porque minha filha pegou gripe. Não quiseram atender ela no hospital. Aí não teve atestado, né? Me mandaram embora.”

A situação, segundo os organizadores, representa um verdadeiro apagão parental da era Reborn — um tempo marcado por memes, pacotes de fralda caríssimos e pais que, mesmo sendo de mentirinha, vivem dilemas de verdade.

As principais “reivindicações” do movimento

  • Licença maternidade e paternidade de 6 meses para ambos os pais
  • Vagas em creches para bebês Reborn
  • Inclusão no Bolsa Família para quem mama além da conta
  • Direito à pensão, mesmo que paga por si mesmo
  • Atestado psicológico liberado para pais que acordam de hora em hora

O que isso tudo quer dizer?

A reportagem é uma sátira apocalíptica criada pelo perfil @manualdojogadorbarato, projeto do humorista Helder Fernandes. Mas entre o riso e o absurdo, a brincadeira toca em algo mais fundo: a forma como a sociedade lida com parentalidade, direitos sociais, afetos e o limite entre o real e o simbólico.

No fim das contas, rir é só o começo. Porque quando a realidade começa a parecer ficção — ou quando a ficção escancara a realidade — o mínimo que a gente pode fazer é prestar atenção.

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