Quem acompanhou a televisão brasileira nos anos 1980 certamente se lembra de Flávio Cavalcanti, figura polêmica e influente da telinha. Conhecido por suas opiniões contundentes e estilo direto, o apresentador teve uma trajetória de destaque em diversas emissoras antes de consolidar seu nome no SBT, onde comandou o programa que levava seu nome entre 1983 e 1986.
No entanto, sua carreira foi interrompida de forma abrupta e impactante. Em 22 de maio de 1986, enquanto apresentava seu programa ao vivo, Flávio sentiu-se mal logo após uma entrevista. Percebendo que algo não estava bem, pediu o encerramento do bloco e solicitou que chamassem os comerciais. No retorno, ele já havia sido substituído por Wagner Montes, que assumiu a apresentação sem dar detalhes imediatos ao público.
Mais tarde, foi confirmado que Flávio Cavalcanti havia sofrido uma isquemia miocárdica — uma condição grave provocada pela falta de fluxo sanguíneo no coração. Ele foi levado às pressas para o Hospital Unicor, em São Paulo, onde permaneceu internado por quatro dias. Infelizmente, o quadro se agravou, e ele morreu em 26 de maio daquele ano, aos 63 anos.
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O impacto de sua morte foi tão grande que o SBT decidiu suspender sua programação no dia seguinte, como forma de homenagem e luto oficial. A emissora só voltou ao ar após o sepultamento.
O enterro de Flávio Cavalcanti ocorreu no Cemitério Municipal de Petrópolis, na região serrana do Rio de Janeiro, e foi acompanhado por cerca de duas mil pessoas, incluindo colegas de imprensa, admiradores e familiares.
Flávio deixou sua marca na história da televisão por sua postura firme, estilo provocador e um formato de programa que, mesmo polêmico, conquistava a atenção do público. Sua morte repentina, em plena atividade, ainda hoje é lembrada como um dos episódios mais surpreendentes da TV brasileira.
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