Saiba quanto o Papa Francisco deixou de herança e quem vai receber

Você já parou para pensar o que um líder mundial como o Papa Francisco deixaria como herança? Alguém que comandou uma das instituições mais antigas e influentes do planeta, que conviveu com chefes de Estado, participou de decisões globais e morava dentro do Vaticano. É natural imaginar que ele teria acumulado alguma fortuna pessoal ao longo dos anos, certo?

Pois a realidade é exatamente o oposto — e talvez seja isso que mais impressiona.

O falecimento do Papa Francisco na última segunda-feira (21) encerrou não apenas um ciclo na Igreja Católica, mas também levantou uma pergunta simples: o que ele deixou para seus herdeiros? A resposta resume bem quem ele foi: cerca de 100 dólares.

Sim, você leu certo. Jorge Mario Bergoglio, o Papa que defendeu os pobres, viveu como um deles. Ele não tinha conta bancária, não possuía imóveis nem carros em seu nome e recusava salário. Mesmo tendo direito a vencimentos anuais milionários, preferia doar tudo — cada centavo — para obras de caridade.

E como ele vivia então?
Como membro da Companhia de Jesus, o Papa Francisco fez voto de pobreza. Isso significa que ele abriu mão de bens materiais e viveu com o essencial, custeado pela própria Igreja: moradia, roupas, alimentação e transporte. Morava em um alojamento simples dentro do Vaticano, a Casa Santa Marta — e não no luxuoso Palácio Apostólico, onde papas anteriores residiram. Também deixou de usar o Palácio de Verão em Castel Gandolfo, que permaneceu fechado durante todo o seu pontificado.

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Esse estilo de vida, discreto e coerente com suas palavras, contrasta fortemente com o poder financeiro da própria Igreja. Para você ter uma ideia, o patrimônio estimado do Vaticano gira entre 10 e 15 bilhões de dólares, com mais de 5 mil imóveis pelo mundo. Mas Francisco fez questão de se distanciar desse luxo. Escolheu ser símbolo de outra coisa: a simplicidade como força espiritual e política.

E os herdeiros?
Como ele não possuía bens pessoais, nenhum herdeiro recebeu herança material. O que ficou foi um legado imensurável em outros sentidos: uma Igreja mais aberta ao diálogo, preocupada com justiça social, acolhimento e transparência. Seu maior “testamento” é esse: a transformação silenciosa que plantou dentro e fora do Vaticano.