Um episódio de violência contra a imprensa marcou a manhã desta sexta-feira (25), em Salvador. Durante uma transmissão ao vivo na Avenida Garibaldi, o repórter Mateus Borges, da Record TV Itapoan, foi agredido com um soco por um homem que acompanhava a vítima de um acidente de trânsito. O cinegrafista Tarcísio Lima, que também fazia a cobertura no local, não escapou das agressões.
As cenas foram exibidas ao vivo durante o telejornal Bahia no Ar. Enquanto narrava o acidente e solicitava a chegada do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu), o jornalista foi surpreendido por um ataque violento. O agressor, ainda não identificado oficialmente, seria morador do Alto de Ondina.
Apesar da situação tensa, o repórter tentou manter a calma e explicou que a equipe estava apenas cumprindo seu papel de informar a população, sem exibir o rosto da vítima. A apresentadora do programa, Jessica Smetak, interrompeu a transmissão para repudiar o ato. “Oxente, agredindo nossa equipe. A gente está trabalhando, rapaz. Que absurdo é esse? Ele bateu em Mateus. Pegou desprevenido, de costas. Covardia”, protestou ao vivo.
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Após o ocorrido, Mateus Borges também se manifestou: “Não justifica. Se ele pedisse para tirar a câmera, a gente tirava. Não estamos mostrando o rosto de ninguém. Vamos para a delegacia”.
A emissora informou que tomará as medidas cabíveis e acompanhará o caso de perto. Casos como esse, infelizmente, não são isolados. Agressões contra profissionais da imprensa ferem a liberdade de informação e podem ser enquadradas em crimes como lesão corporal, ameaça e constrangimento ilegal, todos previstos no Código Penal brasileiro.
Especialistas alertam que o direito à informação é um dos pilares da democracia e que o trabalho jornalístico precisa ser respeitado, especialmente em momentos delicados, como coberturas de acidentes.
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