Por que Murilo Huff demorou tanto pra pedir a guarda do filho com Marília Mendonça?

Quatro anos após a morte de Marília Mendonça, o cantor Murilo Huff recorreu à Justiça para obter a guarda unilateral do filho Léo, de seis anos. Até então, o menino vivia sob guarda compartilhada entre o pai e Dona Ruth, avó materna, mas residia principalmente com ela desde a tragédia de 2021.

Em audiência recente, a Justiça concedeu a guarda provisória a Murilo, o que desencadeou tensões públicas com Dona Ruth, que classificou o episódio como “cruel” para a criança.

A discussão sobre quem deve exercer o papel principal no cuidado de Léo escancara uma questão sensível. Após a morte de Marília, a avó materna assumiu a função de figura de referência, preenchendo o espaço deixado tanto pela mãe quanto, de certa forma, pelo pai. Apesar de ter legitimidade legal para cuidar do filho, Murilo permitiu que a criança permanecesse com a avó por quatro anos, tornando-se um cuidador secundário no dia a dia do menino.

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Nesse período, Dona Ruth ocupou um lugar central: garantiu estabilidade, rotina, afeto e, claro, presença constante. Ainda que Murilo pudesse contar com estrutura e recursos, optou por não ser o responsável direto por Léo no cotidiano. Essa ausência do pai, que envolve não apenas a provisão financeira, mas também o envolvimento prático e emocional, colaborou para que a avó se tornasse a principal referência de cuidado e segurança para o neto.

Agora, Murilo alega motivos graves para solicitar a guarda exclusiva. Embora os detalhes ainda não tenham sido revelados, chama atenção o fato de o cantor só tomar a iniciativa quatro anos depois, quando Léo já tem hábitos e vínculos consolidados com a avó. É natural questionar o que teria motivado essa mudança repentina de postura. Se não se trata de denúncia grave, como violência ou abuso, o afastamento drástico da avó pode ser traumático para a criança, que perde não apenas a mãe, mas também outra figura afetiva fundamental.

Esse tipo de disputa costuma trazer à tona outra camada de interesse: a herança milionária deixada por Marília Mendonça. Mesmo que não se fale abertamente, o patrimônio envolvido acaba atravessando a discussão familiar. E quando existem valores significativos em jogo, nem sempre o princípio do melhor interesse da criança se sobrepõe às brigas entre adultos.

No fim das contas, Léo não compreende acordos, nem herança. Ele entende afeto, rotina, cheiro de colo conhecido. Mudanças bruscas podem impactar ainda mais a vivência de quem já sofreu uma perda irreparável. Por isso, especialistas costumam defender transições graduais e acolhedoras para proteger o bem-estar emocional da criança.

Murilo, ao assumir agora a paternidade cotidiana, demonstra disposição para exercer o papel que legalmente sempre lhe coube. Mas o momento e a forma como isso ocorre despertam dúvidas legítimas. Afinal, qual seria o real motivo para pedir a guarda unilateral justamente agora?

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