Policial é flagrado reclamando de valor de propina com traficante: ‘Só manda isso aí?’

A Polícia Federal descobriu um esquema grave envolvendo policiais militares do Rio de Janeiro e Phillip da Silva Gregório, mais conhecido como Professor, apontado como um dos chefes do Comando Vermelho.

O que foi revelado? Uma negociação de propina que não deixa margem para dúvida: os PMs não apenas cobravam, mas também reclamavam do valor oferecido pelo traficante.

Tudo aconteceu por um aplicativo de mensagens. De um lado, policiais pediam mais dinheiro. Do outro, o traficante deixava claro que não aceitava ser pressionado.

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Um dos policiais chegou a dizer:

“Você sabe quanto manda para a gente no Engenho? A gente não está acostumado com esse valor baixo não. Você vende muito, favela grande, e só manda isso aí: R$ 1.200. Para melhorar a sintonia, você tem que melhorar esse valor.”

A resposta de Professor foi direta, com tom de ameaça e autoridade:

“Mano, tá me ameaçando? Aqui é papo de homem. O valor é R$ 1.200, se quiser aumentar o seu, tenho que aumentar de todo mundo. Não quer, não pega. Aprende a falar comigo. Você tá falando com o Professor, mano, não com qualquer um.”

Além da discussão sobre valores, o diálogo revela um nível de articulação perigoso: os dois lados trocavam informações sobre recebimento de cargas. O material foi obtido pelo g1 RJ e divulgado nesta sexta-feira (2), mas as conversas aconteceram em 2022.

Quem é Professor?
Ele está foragido desde 2018. Preso pela Polícia Federal em 2015, ganhou o direito de visitar a família três anos depois e nunca mais voltou. Até hoje, não foi localizado.

Quanto aos policiais envolvidos, nenhum nome foi divulgado até agora. O caso reforça um cenário conhecido, mas sempre alarmante: a corrupção dentro das forças de segurança e a relação próxima de algumas autoridades com o crime organizado.

A investigação segue sob responsabilidade da Polícia Federal.


O que você precisa entender
– A negociação revela parceria direta entre policiais e facção;
– O traficante se recusou a pagar mais e ameaçou manter o valor “de mercado” da propina;
– As conversas envolviam logística de recebimento de drogas e armas;
– O caso escancara a fragilidade da segurança pública frente ao poder de facções no Rio.

Acompanhe o Coruja News para mais atualizações desse caso.

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