PM influencer é demitido e responde por furto de orquídea dentro de quartel

O caso do soldado Paulo Rogério da Costa Coutinho, mais conhecido nas redes sociais como “Demolidor”, continua ganhando novos capítulos — e, dessa vez, o motivo surpreende.

Depois de ser demitido da Polícia Militar de São Paulo por abandonar uma operação oficial para curtir o Carnaval em 2022, o ex-policial agora também é investigado por um episódio que parece pequeno à primeira vista, mas que levanta discussões maiores: o furto de uma orquídea dentro do quartel.

O que aconteceu exatamente?

Segundo as apurações internas da PM, Paulo Rogério teria retirado uma orquídea do jardim do 9º Batalhão da Polícia Militar, localizado no Tucuruvi, zona norte da capital paulista. O detalhe é que ele estava de serviço e escalado para cuidar da manutenção do local.

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As câmeras de segurança mostram o momento em que ele entra com a planta no alojamento e depois a esconde atrás de um extintor de incêndio no refeitório. A ação foi registrada e incluída no inquérito.

Mas por que isso importa?

Porque mesmo um objeto de valor aparentemente baixo, como uma flor, dentro de uma estrutura militar tem significado simbólico e disciplinar forte. Dentro das Forças Armadas e da Polícia Militar, zelo com o patrimônio público e respeito à hierarquia são pontos centrais da ética da corporação.

Um furto interno, ainda que simbólico, pode ser interpretado como quebra de confiança e desrespeito às normas — e se soma ao histórico do policial, que já vinha sendo questionado pela conduta fora dos padrões da PM.

O lado dele: o que o ex-PM diz?

Em sua defesa, Paulo afirma que começou a enfrentar resistência na corporação desde que passou a se tatuar, a partir de 2018. A situação teria se intensificado em 2021, quando fez uma tatuagem de caveira no rosto — algo que, segundo ele, gerou ainda mais preconceito dentro da tropa.

Ele também declarou que se sente perseguido desde que passou a expor sua rotina nas redes sociais como influenciador, mostrando bastidores do quartel, treinos físicos e reflexões pessoais com estética agressiva e estilo marcante.

“Abalado, mas não derrotado”, escreveu em uma de suas postagens após a demissão.

O que está em jogo aqui?

O caso mistura questões disciplinares, de imagem institucional, liberdade de expressão e identidade pessoal dentro de um ambiente tradicionalmente rígido como a Polícia Militar. Por um lado, a corporação argumenta pela preservação da hierarquia e dos valores internos. Por outro, o ex-PM levanta o debate sobre limites da liberdade individual dentro de instituições militares e possíveis formas de discriminação.

Além da demissão por abandono de função, a nova investigação pelo furto da planta reforça a complexidade do caso: o que parecia uma infração administrativa agora ganha contornos éticos e simbólicos maiores.

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