Um pequeno pinguim com uma rara condição genética foi encontrado debilitado em uma praia no sul da Austrália, chamando a atenção de moradores e especialistas. O animal, que apresenta leucismo – uma mutação que provoca a perda parcial da pigmentação –, foi resgatado na Praia Boomer no último sábado (29) e levado para os cuidados da organização Wildlife Welfare Organisation (WWO). A equipe nomeou a fêmea de Pearl, que significa “pérola” em inglês, em referência à sua coloração incomum.
A responsável pela WWO, Rena Robinson, afirmou que, apesar de décadas resgatando pinguins e outros animais selvagens, nunca havia visto um caso de leucismo na espécie antes. Diferente do albinismo, onde há uma ausência completa de melanina, o leucismo afeta apenas a coloração das penas, pelos ou escamas, sem interferir nos olhos ou na pele.

De acordo com Diane Colombelli-Négrel, especialista em pequenos pinguins, a condição de Pearl pode representar desafios na natureza. A plumagem bicolor típica dessas aves funciona como camuflagem contra predadores: as penas escuras nas costas ajudam a se misturar ao mar quando vistas de cima, enquanto o peito claro se confunde com a claridade da superfície quando observadas por baixo. Como Pearl não tem essa diferenciação de cores, sua visibilidade pode torná-la mais vulnerável.
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Agora sob os cuidados da WWO, Pearl recebe uma dieta especial e medicamentos antifúngicos manipulados para prevenir aspergilose, uma doença respiratória comum em pinguins sob cuidados humanos. Seu futuro ainda será avaliado, e a decisão sobre sua possível reintrodução à natureza dependerá de sua recuperação e adaptação.
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