Pagamento do Bolsa Família retoma nesta segunda-feira (20); veja quando recebe

A partir desta segunda-feira, 20 de outubro, a Caixa Econômica Federal inicia o pagamento do Bolsa Família, referente ao mês de outubro, alcançando milhões de brasileiros em situação de vulnerabilidade social. O repasse será realizado de forma escalonada até o dia 31, seguindo o último dígito do Número de Identificação Social (NIS) de cada beneficiário.

O programa, que permanece como uma das principais políticas públicas de transferência de renda do país, mantém o valor base de R$ 600 por família, podendo ultrapassar esse montante conforme o número de dependentes e a composição familiar. Além disso, parte dos beneficiários receberá neste mês o Auxílio Gás, benefício pago a cada dois meses, que cobre o valor integral de um botijão de 13 quilos.

Pagamento escalonado segue até o fim do mês

De acordo com o Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome (MDS), o calendário de pagamentos de outubro segue o padrão habitual, com início no dia 20 para quem tem NIS final 1, e encerramento no dia 31 para os beneficiários com NIS final 0.

Confira o cronograma oficial:

Os beneficiários podem consultar o valor e a data do pagamento pelos aplicativos Caixa Tem e Bolsa Família, disponíveis para Android e iOS. Os saques estão disponíveis nas agências da Caixa, casas lotéricas, terminais de autoatendimento e correspondentes Caixa Aqui.

Valores e benefícios adicionais

O Bolsa Família oferece um valor mínimo de R$ 600 por família, mas há benefícios complementares destinados a grupos específicos dentro dos núcleos familiares. Esses adicionais são cumulativos, o que pode elevar o total recebido a mais de R$ 1.000 por mês, dependendo da quantidade de integrantes elegíveis.

Veja os benefícios extras pagos neste mês:

• Benefício Primeira Infância (BPI): R$ 150 por criança de 0 a 6 anos;
• Benefício Variável Familiar (BVF): R$ 50 por integrante de 7 a 18 anos incompletos;
• Benefício Gestante: R$ 50 por mês durante a gestação;
• Auxílio Gás: pagamento integral do valor do botijão de 13 kg, repassado a cada dois meses.

Esses adicionais reforçam o caráter social do programa, que busca garantir dignidade e segurança alimentar às famílias em situação de vulnerabilidade.

Quem tem direito e quais são as exigências

O Bolsa Família é voltado a famílias com renda mensal de até R$ 218 por pessoa e que estejam inscritas no Cadastro Único (CadÚnico), com informações atualizadas.

Além da renda, os beneficiários precisam cumprir uma série de condicionalidades que visam estimular o acesso à saúde e à educação. São elas:

• Manter as vacinas das crianças em dia;
• Garantir frequência escolar mínima;
• Realizar o acompanhamento pré-natal, no caso de gestantes;
• Atualizar os dados do CadÚnico a cada dois anos ou sempre que houver mudança de renda, endereço ou composição familiar.

O descumprimento dessas regras pode resultar em suspensão ou bloqueio do benefício.

Regra de Proteção: apoio a quem começa a se reerguer

Uma das medidas mantidas pelo governo é a Regra de Proteção, que permite que famílias que tiveram aumento de renda continuem recebendo o benefício por até 12 meses, desde que o rendimento por pessoa não ultrapasse R$ 706.

Essa regra evita que o beneficiário perca o auxílio imediatamente ao conseguir um emprego formal, oferecendo uma transição gradual rumo à independência financeira. Durante esse período, o valor do benefício é reduzido de forma progressiva, incentivando a permanência no mercado de trabalho sem o risco de perda imediata do amparo social.

Caixa Tem: o principal canal de movimentação

O aplicativo Caixa Tem segue como a principal ferramenta para o acesso e movimentação dos recursos do Bolsa Família. A plataforma funciona como uma conta digital gratuita, onde o beneficiário pode:

• Pagar contas e boletos;
• Fazer transferências via Pix;
• Realizar compras online ou presenciais com o cartão de débito virtual;
• Efetuar saques em caixas eletrônicos e lotéricas, mesmo sem cartão físico.

O sistema foi um dos grandes responsáveis pela inclusão bancária de milhões de brasileiros durante a pandemia e continua sendo essencial para a democratização do acesso financeiro no país.

O impacto do Bolsa Família na economia e na vida das famílias

Em 2025, o Bolsa Família segue atendendo mais de 20 milhões de famílias, com foco especial nas chefiadas por mulheres. O programa é apontado por economistas e gestores públicos como uma ferramenta essencial para o combate à pobreza e à desigualdade regional.

Além de garantir o básico — como alimentação, saúde e educação — o benefício movimenta o comércio local, especialmente em municípios do Norte e Nordeste, onde representa parte significativa da renda familiar e da economia.

Estudos do MDS indicam que o programa contribui diretamente para reduzir a insegurança alimentar e melhorar indicadores sociais como evasão escolar e mortalidade infantil.

Próximos passos e melhorias previstas

Após o término dos repasses de outubro, o governo federal divulgará, no início de novembro, o novo calendário de pagamentos até o fim do ano.

O MDS também anunciou que deve reforçar o cruzamento de dados entre órgãos públicos para evitar fraudes e assegurar que o benefício chegue apenas às famílias realmente elegíveis. A atualização constante do CadÚnico e o aprimoramento da verificação de renda estão entre as medidas que prometem tornar o programa ainda mais justo e eficiente.