Padrasto É Flagado Agredindo Criança de 2 Anos e Alega Surto Emocional

Um caso revoltante ocorrido em Paranaíba, no Mato Grosso do Sul, reacendeu o alerta sobre a violência infantil. Um homem de 20 anos foi preso em flagrante após ser filmado agredindo a enteada de apenas 2 anos em plena luz do dia, enquanto caminhava com ela por uma rua da cidade. A gravação, feita por câmeras de segurança de uma residência, mostra o momento em que o padrasto, distraído com o celular, agride a menina com brutalidade.

Segundo a delegada Eva Maira Cogo, responsável pela Delegacia de Atendimento à Mulher, o suspeito tentou justificar seu comportamento dizendo que teria “tido um momento de surto”. Ainda durante o depoimento à polícia, o jovem afirmou que não costuma bater na criança e que aquela atitude seria “um caso isolado”.

“A mãe da menina também foi ouvida e declarou nunca ter presenciado qualquer tipo de agressão. Ela relatou que o companheiro sempre demonstrou comportamento calmo com a filha e ficou chocada ao assistir às imagens”, informou a delegada ao G1 MS.

De acordo com as investigações, a agressão aconteceu quando o homem levava a criança para a casa da avó materna. As imagens registram o momento em que a menina caminha pela calçada e tenta subir um degrau. Ao pedir ajuda, é bruscamente puxada, chacoalhada e, em seguida, leva um tapa nas costas, que a derruba. O padrasto chega a levantá-la, mas logo a derruba novamente. Ao perceber a aproximação de outras pessoas na rua, pega a criança no colo e deixa o local.

Apesar da violência registrada, a polícia informou que a menina não apresentava lesões aparentes. No entanto, o homem foi autuado por maus-tratos contra menor de 14 anos, crime previsto no artigo 136 do Código Penal. Ele foi detido ainda na manhã de quarta-feira (18), antes mesmo da divulgação das imagens. A audiência de custódia está prevista para ocorrer nesta quinta-feira (19).

O caso tem gerado indignação nas redes sociais e levanta novamente discussões sobre a importância da vigilância comunitária, da denúncia e da proteção de crianças contra qualquer forma de violência, mesmo que cometida por pessoas do convívio familiar. As autoridades reforçam que casos como esse devem ser imediatamente comunicados ao Conselho Tutelar ou à Polícia Civil. A colaboração da sociedade é fundamental para garantir a segurança e o bem-estar dos mais vulneráveis.