O rapper Mauro Davi dos Santos Nepomuceno, conhecido como Oruam, de 25 anos, teve sua prisão mantida pela Justiça após uma nova audiência de custódia realizada nesta segunda-feira (4). Agora, ele será transferido para uma cela coletiva no Complexo Penitenciário de Bangu 3, na Zona Oeste do Rio de Janeiro, local onde ficam detentos ligados ao Comando Vermelho (CV).
A decisão foi tomada pela juíza Laura Noal Garcia, da Central de Custódia, que destacou que o mandado de prisão continua válido e não foi revogado por nenhuma decisão judicial superior. “Não havendo pedidos de mérito, não há o que ser alterado”, determinou a magistrada.
Oruam está preso preventivamente desde 22 de julho, quando decidiu se apresentar à Polícia Civil após um episódio que marcou sua situação judicial: no dia anterior, policiais civis foram à casa do artista, no bairro do Joá, para cumprir um mandado de apreensão contra um adolescente que estaria escondido no local. No entanto, Oruam e amigos reagiram de forma violenta, atirando pedras de até 4,85 kg contra os agentes, que conseguiram escapar sem ferimentos graves.
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O adolescente alvo da operação conseguiu fugir.
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Réu por tentativa de homicídio
No dia 30 de julho, a Justiça do Rio aceitou a denúncia do Ministério Público e tornou Oruam réu por tentativa de homicídio qualificada. O processo inclui também seu amigo Willyam Matheus Vianna Rodrigues Vieira, de 22 anos, que participou do ataque.
Os promotores afirmam que os dois agiram com dolo eventual, ou seja, estavam cientes do risco de matar ao atirar pedras de um andar superior, a cerca de 4,5 metros de altura, e ainda assim prosseguiram com a ação. Foram contabilizadas sete pedras lançadas contra os policiais.
Diante da gravidade, o MP solicitou a prisão preventiva dos acusados, alegando que eles representam risco à ordem pública e podem prejudicar as investigações.
Acusações contra Oruam
Além da tentativa de homicídio, Oruam responde por uma série de outros crimes:
- Associação para o tráfico de drogas
- Tráfico de drogas
- Resistência à prisão
- Desacato à autoridade
- Dano ao patrimônio público
- Ameaça
- Lesão corporal
A acusação também destacou que, durante o confronto, o rapper afirmou ser filho de Marcinho VP, um dos líderes do Comando Vermelho, como forma de tentar intimidar os policiais. A fala foi incluída no processo como tentativa de ameaça.
Agora, com a prisão mantida, Oruam deve ser transferido para uma galeria onde ficam presos da facção Comando Vermelho, dentro de Bangu 3. O rapper e seus advogados ainda podem recorrer da decisão.
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