Um novo golpe vem se espalhando rapidamente pelo WhatsApp e tem chamado a atenção de especialistas em cibersegurança. O esquema utiliza arquivos compactados no formato .zip para instalar um vírus capaz de comprometer dados pessoais e até levar ao bloqueio permanente da conta do usuário.
As informações foram divulgadas pelo portal TechTudo e apontam que o malware — batizado de SORVEPOTEL — tem se mostrado especialmente perigoso por se disseminar automaticamente entre os contatos das vítimas, sem que elas percebam.
Como o vírus se espalha
O funcionamento do golpe é simples, mas eficiente. O usuário recebe uma mensagem aparentemente legítima, geralmente acompanhada de um arquivo .zip com nome sugestivo, como “ORCAMENTO_081025.zip” ou “NOTA_FISCAL.zip”.
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Dentro desse pacote compactado, há um atalho malicioso com extensão .lnk. Ao ser executado, o programa instala o malware no computador, que passa a operar de forma silenciosa e contínua — mesmo após o sistema ser reiniciado.
A partir daí, o vírus transforma o dispositivo em um vetor de infecção, enviando automaticamente a mesma mensagem com o arquivo contaminado para toda a lista de contatos da vítima. O comportamento, semelhante a uma ação de spam, pode fazer com que o WhatsApp suspenda ou até exclua a conta do usuário, interpretando o envio massivo como uma violação das regras da plataforma.

Quem está mais vulnerável
Embora qualquer pessoa possa ser atingida, pequenas empresas e empreendedores estão entre os principais alvos do golpe. Isso porque muitos utilizam o WhatsApp Web em computadores com sistema Windows, o ambiente ideal para a execução do malware.
Usuários domésticos também estão expostos — especialmente aqueles que baixam arquivos sem verificar a origem ou não utilizam antivírus atualizado. O SORVEPOTEL tem se mostrado capaz de driblar programas de proteção básicos e operar de forma autônoma, sem depender de ações manuais do usuário.
Efeitos do golpe
Além de comprometer o acesso ao WhatsApp, o vírus pode abrir brechas para roubo de dados pessoais e financeiros. Uma vez dentro do sistema, ele consegue manipular arquivos, capturar informações armazenadas e acessar conversas recentes.
Em alguns casos, a infecção também resulta em lentidão no computador, erros de inicialização e falhas na execução de programas.
O especialista em segurança digital Rafael Almeida, da consultoria CyberShield, explica que o golpe segue o mesmo princípio de antigos vírus de propagação automática:
“O que o SORVEPOTEL faz é reviver uma técnica clássica de engenharia social, agora adaptada ao ambiente do WhatsApp. O usuário confia na mensagem por vir de um contato conhecido, e isso basta para que o ataque se espalhe.”
Como se proteger do vírus SORVEPOTEL
A principal recomendação dos especialistas é não abrir arquivos ou links recebidos sem confirmação direta do remetente, mesmo que a mensagem venha de alguém conhecido.
Além disso, algumas medidas simples ajudam a reforçar a segurança digital:
- Desative o download automático de mídias e documentos no WhatsApp;
- Atualize regularmente o sistema operacional, navegador e programas antivírus;
- Evite clicar em links encurtados ou com domínios suspeitos;
- Use autenticação em duas etapas no WhatsApp para proteger o acesso à conta.
Segundo a Meta, responsável pelo aplicativo, o WhatsApp não envia arquivos nem links promocionais e recomenda que qualquer atividade suspeita seja reportada imediatamente.
Caiu no golpe? Veja o que fazer
Se o arquivo malicioso foi aberto, é essencial agir rapidamente para conter o dano e evitar a propagação do vírus.
Os especialistas orientam os seguintes passos:
- Desconecte o dispositivo da internet imediatamente para interromper a comunicação do malware.
- Coloque o aparelho em modo avião se estiver em uso móvel.
- Execute uma varredura completa com um antivírus confiável e atualizado.
- Procure suporte técnico especializado caso a remoção automática não seja possível.
- Informe o setor de TI ou segurança da informação, se o ataque ocorreu em ambiente corporativo.
- Reinstale o WhatsApp e registre novamente o número para tentar recuperar o acesso.
- Se houver transações financeiras suspeitas, comunique o banco e registre um boletim de ocorrência, que pode ser feito de forma online.
Essas medidas ajudam a mitigar os efeitos da infecção e a reduzir o risco de perda permanente de dados.
Cibersegurança e atenção constante
O golpe do arquivo .zip reforça um alerta antigo: a engenharia social continua sendo uma das armas mais eficazes dos criminosos digitais. Mesmo com o avanço dos sistemas de proteção, o elo mais vulnerável ainda é o comportamento humano.
O consultor Rafael Almeida resume:
“Não existe antivírus melhor que a desconfiança. Se uma mensagem parece estranha, mesmo que venha de alguém conhecido, o ideal é verificar antes de clicar.”
Com a popularização das versões web e desktop do WhatsApp, cresce também o interesse de hackers em explorar brechas e hábitos cotidianos. A prevenção, nesse cenário, continua sendo a ferramenta mais poderosa à disposição do usuário.
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