Novo decreto do governo pode obrigar brasileiros a trocarem de TV; veja quem será afetado

Quem comprou uma smart TV recentemente pode ter uma surpresa nada agradável nos próximos anos. O governo federal está prestes a regulamentar a implantação da chamada TV 3.0 no Brasil, um novo padrão tecnológico que promete revolucionar a televisão aberta, mas que também pode exigir adaptações — inclusive em aparelhos atuais que, em muitos casos, são considerados topo de linha.

De acordo com informações do portal Metrópoles, o decreto deve oficializar o cronograma e as regras para o funcionamento da TV 3.0 no país. Para conseguir acessar o novo sinal, a maioria dos brasileiros precisará adquirir um conversor específico, estimado em torno de R$ 400. Em paralelo, a indústria já se prepara para lançar modelos de TV com o receptor integrado, enquanto o governo avalia medidas para ajudar na transição, como linhas de financiamento e a possível distribuição gratuita de adaptadores para famílias inscritas no Cadastro Único.

Afinal, o que é a TV 3.0?

Participe do nosso grupo de notícias no WhatsApp: 👉 Quero Participar 🔔

A TV 3.0 é vista como a evolução natural da televisão digital, introduzida no Brasil na última década. Trata-se de um sistema que combina alta qualidade de imagem — com transmissões em 4K e recursos avançados de áudio — a funcionalidades interativas integradas à internet. Na prática, o espectador poderá escolher, por exemplo, câmeras alternativas durante um jogo, acessar conteúdos extras, participar de enquetes em tempo real e até fazer compras durante a novela, tudo direto pelo aparelho de TV.

Outro ponto que chama atenção é a personalização. A nova tecnologia vai permitir que as emissoras coletem dados de quem assiste e apresentem anúncios direcionados, de forma semelhante ao que acontece em plataformas de streaming e redes sociais. Para acessar o conteúdo, será necessário um login, o que abre caminho para experiências cada vez mais segmentadas.

Por que minha TV pode ficar obsoleta?

Mesmo que você tenha adquirido uma smart TV com resolução 4K e HDR recentemente, há grandes chances de o aparelho não ter o receptor necessário para captar o sinal da TV 3.0. Isso ocorre porque o novo padrão de transmissão — que pode seguir o modelo ATSC 3.0, já testado nos Estados Unidos — exige tecnologias que a maioria dos televisores vendidos hoje no Brasil não possuem.

Na prática, sem o conversor, sua TV continuará exibindo o sinal digital atual, mas ficará de fora das inovações prometidas pelo novo sistema. A boa notícia é que, assim como na migração do sinal analógico para o digital, a mudança será feita de forma gradual. O governo planeja iniciar as transmissões em 2026, mantendo o sistema atual por pelo menos mais dez anos, o que dá tempo para o consumidor se adaptar.

Como será o processo de transição?

A ideia é que, a partir de 2025, as fabricantes comecem a colocar no mercado aparelhos já prontos para receber o sinal da TV 3.0. Enquanto isso, quem tem TVs mais antigas precisará recorrer ao conversor, que poderá ser conectado via HDMI ou USB. O Ministério das Comunicações estuda repetir iniciativas anteriores, como distribuir adaptadores gratuitamente para famílias de baixa renda, além de criar linhas de crédito para impulsionar a produção local.

Para quem se preocupa com o orçamento, a expectativa é que o custo desses conversores caia com o tempo, à medida que a tecnologia se popularizar e houver maior oferta no mercado.

O que muda para quem assiste e para as emissoras?

Do lado do consumidor, a experiência promete ser bem diferente. Com a TV 3.0, será possível ter acesso a:

  • Conteúdos sob demanda: assistir séries, programas e eventos quando quiser, direto pela TV aberta.
  • Maior interatividade: escolher câmeras durante uma partida, participar de votações e ter acesso a informações extras.
  • Publicidade segmentada: comerciais exibidos de acordo com o perfil de quem está assistindo.
  • Compras integradas: adquirir produtos anunciados na programação em poucos cliques.

Para as emissoras, o desafio será investir em tecnologia e em novos formatos para prender a atenção do público, em um cenário que se tornará ainda mais competitivo. A aposta é que essa evolução ajude a manter a relevância da TV aberta frente aos serviços de streaming.

Preciso correr para trocar minha TV?

Não. Por enquanto, não há necessidade de pressa. O atual sistema digital vai continuar funcionando por anos, garantindo que quem não quiser ou não puder investir em novos equipamentos não fique sem acesso à programação. Mas acompanhar o tema é importante, especialmente para quem pretende trocar de TV nos próximos anos ou deseja aproveitar todos os recursos da nova tecnologia assim que ela chegar.

Com a chegada da TV 3.0, o Brasil entra numa nova etapa da transmissão televisiva, unindo alta definição, internet e interatividade de forma inédita na TV aberta. Para o consumidor, fica o alerta: será fundamental acompanhar os anúncios oficiais e se planejar para, no momento certo, decidir entre adquirir um conversor ou investir em um novo aparelho já compatível com o padrão.

Compartilhe

📱 Participe do nosso grupo no WhatsApp e receba as notícias em tempo real:

Grupo do WhatsApp

📸 Não perca nenhuma atualização! Siga-nos no Instagram:

Coruja News no Instagram