O que parecia ser apenas mais um caso de desaparecimento terminou em uma chocante reviravolta na Índia. Uma jovem de 25 anos, Sonam Raghuvanshi, que havia sumido após o assassinato do marido durante a lua de mel, foi localizada e detida pela polícia. As investigações revelaram que ela teria encomendado a morte do próprio marido, Raja Raghuvanshi, de 30 anos.
O crime aconteceu no estado de Meghalaya, no Nordeste indiano, poucos dias após o casal oficializar o casamento em uma cerimônia arranjada na cidade de Indore, em 11 de maio. Segundo a imprensa local, incluindo a BBC, a união havia sido organizada pelas famílias quatro meses antes — uma prática comum em diversas regiões da Índia. Ainda assim, parentes afirmam que não havia sinais de desentendimentos entre os dois. “Eles pareciam felizes”, disse o irmão da vítima, Vipin Raghuvanshi.
A lua de mel, no entanto, durou pouco. Quatro dias depois do início da viagem, o casal desapareceu. O corpo de Raja foi encontrado jogado em um desfiladeiro, com sinais de violência extrema: ele estava em avançado estado de decomposição e apresentava a garganta cortada.
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Inicialmente, o desaparecimento de Sonam levantou a hipótese de sequestro ou até mesmo de que ela também pudesse ter sido assassinada. A comoção tomou conta das duas famílias, que buscavam respostas. Mas, com o avanço das investigações, veio a verdade: a mulher havia planejado o crime.
De acordo com o superintendente de polícia Vivek Syiem, Sonam se entregou às autoridades e já foi apontada como a principal responsável pela morte do marido. Outras quatro pessoas também foram presas sob suspeita de participação no assassinato, incluindo o suposto executor do crime.
Apesar das evidências, o pai da acusada, Devi Singh, ainda acredita na inocência da filha. Em entrevista à BBC, ele afirmou: “Ela é inocente e não pode ter feito isso”.
O caso levanta debates sobre o impacto dos casamentos arranjados em um país onde, apesar dos avanços sociais, muitas mulheres ainda são forçadas a aceitar uniões determinadas pelas famílias. Especialistas em direitos humanos destacam que, em alguns casos, essa imposição pode gerar consequências psicológicas graves, resultando até em tragédias.
A polícia segue investigando as motivações do crime, incluindo a possibilidade de que Sonam estivesse envolvida em outro relacionamento antes do casamento, o que poderia ter impulsionado o plano.
Este episódio trágico não apenas choca pela brutalidade, mas também reacende discussões sobre a liberdade de escolha no casamento, o papel das mulheres na sociedade indiana e os limites entre tradição e violência. A justiça agora busca respostas para um crime que, por trás da aparência de uma união feliz, escondia um plano mortal.
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