Não só o pai: Veja quem mais da família de Oruam já foi preso

O rapper Oruam voltou aos holofotes recentemente após ser detido em uma blitz no Rio de Janeiro. O motivo? Ele foi flagrado realizando um “cavalo de pau” em via pública. Apesar da infração, foi liberado após pagar uma fiança de R$ 60 mil.

O artista, que carrega um forte legado familiar, não esconde suas origens. Filho do traficante Marcinho VP, um dos líderes do Comando Vermelho, Oruam já se envolveu em diversas polêmicas ao defender a soltura do pai, chegando a se apresentar em festivais usando uma camisa estampada com o rosto do criminoso. Mas Marcinho VP não é o único membro da família com histórico criminal. Outros parentes também já enfrentaram problemas com a Justiça.

Marcinho VP: O Pai e a Lenda do Crime

O nome mais conhecido dessa história é, sem dúvidas, Marcinho VP. Preso desde 1996, Márcio dos Santos Nepomuceno se tornou um dos principais chefes do tráfico no Rio de Janeiro. Sua trajetória no crime começou na adolescência, passando de pequenos assaltos para o comando de uma das facções mais temidas do país.

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Com múltiplas condenações que ultrapassam 50 anos de prisão, Marcinho VP está atualmente na Penitenciária Federal de Catanduvas, no Paraná. Entre os crimes que levaram à sua detenção, destaca-se a brutal execução e esquartejamento dos traficantes rivais Dequinha e Rubinho, em 1996. Em 2018, seu tempo de prisão aumentou após ser punido por envolvimento em um espancamento dentro da penitenciária.

Mesmo atrás das grades, sua influência persiste. Oruam, fiel ao pai, frequentemente defende sua libertação. Em suas redes sociais, já afirmou:

“Meu pai errou, mas está pagando pelos seus erros e com sobra. Só queria que pudesse cumprir uma pena digna e saísse de cabeça erguida.”

Elias Maluco: O “Tio” que Chocou o Brasil

Outro nome ligado à família de Oruam é Elias Maluco, considerado um “tio de consideração” do rapper. Conhecido nacionalmente pelo assassinato brutal do jornalista Tim Lopes em 2002, Elias foi condenado a 28 anos e seis meses de prisão, além de outras penas por lavagem de dinheiro e crimes relacionados ao tráfico.

Preso em penitenciárias de segurança máxima ao longo dos anos, sua história teve um desfecho inesperado: em 22 de setembro de 2020, ele foi encontrado morto em sua cela, enforcado, na Penitenciária Federal de Catanduvas.

Márcia Gama: A Mãe que Também Foi Presa

A mãe de Oruam, Márcia Gama Nepomuceno, também já esteve atrás das grades. Em 2010, foi presa em sua casa, em Jacarepaguá, no Rio de Janeiro, acusada de lavagem de dinheiro. Na mesma operação, três advogados de Marcinho VP foram detidos por atuarem como intermediários entre o traficante e criminosos fora da prisão.

Segundo investigações da época, Márcia teria um papel fundamental na comunicação entre o marido e o Comando Vermelho. Sua prisão fez parte de uma grande ofensiva policial contra a facção, resultando em ataques violentos que deixaram quase 40 mortos na cidade.

Maria Auxiliadora: A Avó que Mudou de Vida

Nem mesmo a avó de Oruam escapou do radar da Justiça. Maria Auxiliadora, mãe de Marcinho VP, foi presa quatro vezes por diferentes acusações. No entanto, sua trajetória tomou um rumo inesperado: ela se converteu ao cristianismo e, em 2023, lançou o livro “A Transformação de Maria – Jesus me Tirou das Trevas para a Luz”, onde narra sua história e sua nova fé.

Em uma entrevista ao portal Terra, ela revelou o momento de virada em sua vida:

“Aceitei Jesus na prisão, em 1993, após ouvir uma notícia devastadora sobre uma chacina no Complexo do Alemão, que resultou na morte de muitos inocentes, inclusive meu filho. Naquele momento de dor e desespero, fiz um voto com Deus.”

No livro, ela também afirma que Marcinho VP se tornou cristão e acredita que, se um dia sair da prisão, seguirá um caminho diferente.

A Família e o Legado Polêmico

A história da família de Oruam é marcada por crimes, prisões e polêmicas, mas também por tentativas de redenção. Enquanto alguns membros ainda cumprem longas penas, outros, como Maria Auxiliadora, buscaram uma nova direção.

O rapper, por sua vez, segue construindo sua carreira musical sem deixar suas raízes para trás. Ao vestir a camisa com a foto do pai e lançar um álbum inspirado em sua família, Oruam reforça que, para ele, laços de sangue estão acima de qualquer julgamento.

Mas a pergunta que fica é: até que ponto a herança familiar define o futuro de alguém? Oruam conseguirá quebrar esse ciclo ou continuará carregando o peso do passado?

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