A fertilização in vitro (FIV) é um avanço da medicina reprodutiva que realiza o sonho de muitas famílias. No entanto, um erro grave na Coastal Fertility Specialists, nos Estados Unidos, transformou a felicidade de uma gestação em um pesadelo legal e emocional.
O erro que mudou tudo
Krystena Murray se submeteu ao tratamento de FIV e celebrou a gravidez sem imaginar o que viria pela frente. Ao dar à luz, percebeu algo inesperado: a criança apresentava características físicas diferentes das que seriam esperadas para um bebê gerado por ela e pelo marido – o bebê nasceu negro, apesar de o casal ser branco.
Diante da surpresa, um exame de DNA confirmou a pior suspeita: o embrião implantado não era dela, mas de outro casal. Isso significava que a clínica havia cometido um erro gravíssimo, trocando os embriões no laboratório.
Participe do nosso grupo de notícias no WhatsApp: Quero Participar
A disputa pela guarda e a difícil decisão
Ao relatar o caso à clínica, Krystena foi informada de que os pais biológicos do bebê já estavam cientes da troca e haviam iniciado um processo legal para recuperar a guarda da criança.
Mesmo já tendo criado um vínculo afetivo com o bebê durante cinco meses, ela recebeu orientação jurídica de que seria difícil vencer a disputa judicial. Temendo uma batalha legal desgastante e a possibilidade de um desfecho ainda mais doloroso, ela entregou a criança aos pais biológicos.
Processo contra a clínica e impactos emocionais
O erro gerou um enorme sofrimento emocional para Krystena e sua família. Sentindo-se injustiçada e traumatizada, ela decidiu processar a clínica por negligência, alegando que a troca de embriões destruiu o sonho da maternidade da forma como ela havia planejado e lhe causou danos psicológicos profundos.
O processo ainda está em andamento e reforça a importância da segurança e do controle rigoroso nos procedimentos de reprodução assistida. Casos como esse não são comuns, mas erros em clínicas de fertilização in vitro continuam acontecendo, gerando não apenas impactos jurídicos, mas também profundos dilemas éticos e emocionais para as famílias envolvidas.
Compartilhe