Uma mulher identificada como Mara Hoffmann recorreu à Justiça após afirmar que ganharia sozinha o prêmio de R$ 201,9 milhões da Mega-Sena, sorteado em 28 de setembro de 2022, mas a lotérica onde ela fez o jogo não teria registrado a aposta no sistema da Caixa Econômica Federal.
De acordo com os documentos do processo, Mara conta que apostou os seguintes números na Mega-Sena: 03, 20, 22, 23, 37, 41 e 42. Ela também fez apostas na Quina e na Lotofácil no mesmo dia. Após realizar o pagamento, recebeu três bilhetes e três comprovantes impressos, mas segundo sua versão, um dos comprovantes estava repetido — ou seja, a aposta correta da Mega-Sena não teria sido incluída.
O problema só foi percebido momentos antes do sorteio. Quando percebeu que o bilhete com os números corretos não estava entre os comprovantes entregues, já era tarde demais. Mesmo afirmando que jogou os números que foram sorteados, sem um comprovante válido, a Caixa não reconhece o jogo como oficial.
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Agora, Mara tenta comprovar na Justiça que o erro partiu da lotérica e não dela. Se conseguir validar a sua versão, ela poderia reivindicar judicialmente o prêmio milionário. No entanto, casos como esse são extremamente delicados, já que a única garantia legal de uma aposta é o bilhete impresso com o código de autenticação do sistema da Caixa.
Esse episódio chama atenção para a importância de conferir imediatamente todos os comprovantes após qualquer aposta em loterias, principalmente quando envolvem altos valores. Falhas humanas, como digitação errada ou impressão duplicada, podem acontecer — mas sem o bilhete correto, o jogador fica sem amparo legal.
A situação levanta debates sobre a responsabilidade das casas lotéricas, a confiança no sistema de apostas manuais e a necessidade de modernização e digitalização para evitar esse tipo de problema.
A Caixa ainda não se manifestou sobre o caso específico. Já o processo segue em tramitação judicial, enquanto a mulher tenta provar que perdeu uma fortuna por uma falha que, segundo ela, não foi sua.
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