Moradores de Santo Amaro vivem com medo após casas alagadas por fortes chuvas

Moradores de Santo Amaro vivem com medo após casas alagadas por fortes chuvas Moradores de Santo Amaro vivem com medo após casas alagadas por fortes chuvas

Imagine acordar de madrugada e ver a água entrando pela porta da sua casa. Foi isso que aconteceu com Undiara Gomes, de 36 anos, moradora da Rua das Viúvas, em Santo Amaro. Às 4h da manhã do último sábado (3), o rio Subaé transbordou e alagou a residência dela. “Eu perdi tudo. Sofá, armário, cama, alimentos, fogão e até documentos médicos. Não sobrou nada”, contou.

Undiara, que é aposentada por ter esclerose múltipla, só conseguiu sair de casa com a ajuda da filha de 14 anos e de um vizinho. A água já estava tão alta que batia abaixo do ombro. “É muito duro ver tudo que a gente conquistou sendo levado assim. Perdemos também roupas. E agora? A gente não sabe se vai chover de novo. A gente deita com medo, sem conseguir relaxar”, desabafou.

Ela precisou passar a noite na casa de uma amiga antes de retornar no domingo (4). Sua casa, que fica em uma área mais baixa, foi uma das mais afetadas. Mesmo quem mora há anos na região, como Undiara, não imaginava que a enchente seria tão grave. “Já teve enchente aqui em 2015, mas a gente não morava. Agora todos estão preocupados, ninguém sabe o que esperar”, completou.

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O cenário da cidade e o que está sendo feito

Com o transbordamento do rio Subaé, a prefeitura de Santo Amaro decretou estado de emergência no sábado. Foram identificados 11 pontos críticos de alagamento — incluindo bairros como Bonfim, Ideal, Baixa da Égua e o distrito de Acupe.

Para acolher as famílias desabrigadas, três escolas foram transformadas em pontos de apoio:
Escola Municipal Coronel Francisco Pinto (Ideal)
Escola Municipal Maria Aleluia de Oliveira (Pitinga)
Creche Escola Alegria de Viver (Bonfim)

A Superintendência de Proteção e Defesa Civil da Bahia (Sudec) enviou ajuda humanitária já no domingo. As famílias receberam colchões, cobertores, kits de higiene e lonas para proteção de encostas. Já a prefeitura montou uma força-tarefa para remover entulhos, limpar as ruas e dar apoio nas áreas mais atingidas. Foram distribuídas cestas básicas, materiais de limpeza e sopas solidárias nos bairros mais vulneráveis.

Orientações importantes para quem está na área

O poder público tem reforçado um aviso claro e direto: se você mora em áreas de risco ou locais que já alagaram, saia imediatamente e busque um lugar seguro. Ficar em locais alagados ou perto de encostas pode representar risco real de vida.

O que esta situação mostra é que, além dos prejuízos materiais, fica o medo de não saber quando isso pode acontecer de novo. A mobilização rápida de apoio e a busca de soluções duradouras para evitar novas enchentes são agora as principais demandas da população.

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