Mestre de obras é preso na Bahia suspeito de mandar matar pintor que movia ação de R$ 200 mil

A Polícia Civil prendeu, nesta terça-feira (17), um mestre de obras suspeito de ser o mandante do assassinato de dois pintores em Ilhéus, no sul da Bahia. Segundo as investigações, o crime foi motivado por vingança, já que uma das vítimas havia movido uma ação trabalhista no valor de R$ 218 mil contra o ex-patrão.

O crime ocorreu em maio de 2023 e vitimou Danilo Matos Santos e o cunhado dele, Sidnei Café de Souza. Ambos trabalhavam na construção civil e desapareceram após serem atraídos para uma emboscada, sob o pretexto de realizar um orçamento de pintura. Três dias depois, os corpos foram encontrados com marcas de tiros em uma área de manguezal às margens da rodovia BA-001, próximo ao bairro São Domingos.

De acordo com a polícia, o mestre de obras preso em Ilhéus era o antigo empregador de Danilo, e teria ordenado o assassinato como forma de retaliação pela cobrança judicial. Antes do crime, ele já havia ameaçado a vítima, o que fez Danilo se mudar temporariamente para outra cidade, temendo pela própria segurança.

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As apurações revelaram que os autores do crime utilizaram dois veículos para seguir as vítimas até o local da execução e depois transportar os corpos. O percurso foi confirmado através de rastreamento por GPS, imagens de câmeras de segurança e outros recursos investigativos.

Durante a operação que resultou na prisão, batizada de Demão Fina, foram cumpridos 11 mandados de busca e apreensão. Na residência do suspeito, os agentes apreenderam uma pistola calibre 380, um revólver calibre 38, munições de uso restrito, quatro celulares, um notebook, um tablet, dois pen drives e uma quantia em dinheiro.

Além do suposto mandante, outro homem com participação direta nas execuções já havia sido preso anteriormente. Um terceiro envolvido morreu em confronto com a Polícia Militar do Rio de Janeiro, em novembro de 2024, na cidade de Belford Roxo. Os nomes dos três investigados não foram divulgados.

O caso chocou a população de Ilhéus e expôs a gravidade dos conflitos trabalhistas que, em situações extremas, acabam descambando para a violência. A Polícia Civil segue com as investigações para esclarecer todos os detalhes da dinâmica do crime e identificar possíveis cúmplices.

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