Se os preços dos medicamentos já pesam no bolso, a partir de abril o impacto será ainda maior. O reajuste anual no valor dos remédios, regulado pela Câmara de Regulação do Mercado de Medicamentos (CMED), ainda será anunciado oficialmente em 31 de março, mas farmácias de Salvador já começaram a alertar os clientes sobre a alta.
O principal fator por trás do aumento é o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que mede a inflação. Com a divulgação do IPCA de fevereiro, que ficou em 1,31%, o acumulado dos últimos 12 meses chegou a 5,06%, servindo de base para a correção dos preços dos medicamentos.
Como é calculado o reajuste?
O preço dos medicamentos é reajustado anualmente com base em três fatores:
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- Fator de produtividade – avalia o desempenho da indústria farmacêutica e pode impactar o aumento.
- Fator de ajuste de preços relativos entre setores – compara os preços dos medicamentos com outros setores da economia.
- IPCA acumulado dos últimos 12 meses – índice oficial da inflação, que influencia diretamente o reajuste.
Com esses critérios, a Simtax, especialista em tributação do mercado farmacêutico, estima que os aumentos ficarão assim:
Veja também:
- Medicamentos do Nível 1: aumento de até 5,06%
- Medicamentos do Nível 2: aumento de 3,83%
- Medicamentos do Nível 3: aumento de 2,60%
O que isso significa para o consumidor?
Na prática, remédios essenciais para tratamentos contínuos, como pressão alta, diabetes e colesterol, podem ficar mais caros. Por isso, especialistas recomendam que quem faz uso de medicamentos de uso prolongado antecipe compras antes da virada de mês para garantir os preços atuais.
Além disso, vale pesquisar em diferentes farmácias, utilizar programas de descontos e verificar se há alternativas genéricas que possam representar economia.
O aumento oficial dos preços será confirmado no dia 31 de março, mas o consumidor já pode se planejar para minimizar os impactos no orçamento.
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