Um caso revoltante de importunação sexual chocou os frequentadores de um supermercado em Cuiabá e viralizou nas redes sociais nesta semana. O topógrafo Allanderson Tapajós, de 29 anos, expôs publicamente um episódio que ele mesmo presenciou: flagrou um psicólogo, de 27 anos, assistindo no celular vídeos que ele havia acabado de gravar por baixo da saia de sua esposa, dentro do estabelecimento.
Em vídeo publicado nas redes, Allanderson contou que estava se dirigindo ao estacionamento quando avistou o suspeito dentro de um carro, concentrado no celular. Ao se aproximar, percebeu que ele assistia às imagens captadas minutos antes — gravações feitas sorrateiramente por baixo do vestido da mulher de Allanderson.
“Na hora, eu não sabia que era minha esposa nas imagens. Mas depois que fui confrontá-lo, confirmei que sim — ela era uma das vítimas. E pior: não era a única”, relatou o topógrafo, visivelmente indignado.
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Ele ainda destacou que, embora o homem tenha inicialmente negado o crime, tentou apagar os vídeos ao ser pressionado, mas acabou confessando. As imagens também mostravam outra mulher, vestida de preto, que também foi vítima do mesmo tipo de abuso.
“Se você estava no Comper, por volta das 20h, de vestido preto… provavelmente também foi filmada. Tinha mais de um vídeo no celular dele”, alertou Allanderson, ao tentar localizar outras possíveis vítimas.
A situação só chegou ao conhecimento da esposa de Allanderson após uma cliente do supermercado, que presenciou o ato, alertar a vítima ainda no caixa. A mulher ficou tão abalada com o relato que imediatamente avisou ao marido.
“Ela chegou assustada e disse: ‘amor, tem uma mulher me seguindo e dizendo que alguém colocou algo debaixo da minha saia’. A denunciante estava gesticulando, mostrando que era o homem do caixa ao lado”, relembrou o marido.
Assim que recebeu a denúncia, o agressor deixou o supermercado e foi até o estacionamento, onde foi confrontado por Allanderson. O caso foi registrado como importunação sexual, e o homem chegou a ser preso na noite do domingo (3), data do crime.
Liberdade provisória e revolta popular
A indignação do público aumentou quando, já na manhã da segunda-feira (4), a juíza de plantão Gisele Alves Silva, do Tribunal de Justiça de Mato Grosso (TJMT), decidiu soltar o acusado, alegando que ele não representava ameaça à sociedade. A decisão revoltou o marido da vítima, que declarou publicamente:
“Prometi à minha esposa que ela não seria exposta. Mas eu sim. Eu me comprometi a expor o que aconteceu para que esse sujeito responda à altura pelo que fez”, afirmou Allanderson.
O suspeito, identificado como Y. B. da C. M., está em liberdade, mas terá que cumprir algumas medidas cautelares, como:
- Não praticar novos crimes da mesma natureza;
- Comparecer a todas as audiências do processo;
- E comunicar ao Judiciário qualquer mudança de endereço.
Segundo dados públicos, o psicólogo está registrado no Conselho Regional de Psicologia de Mato Grosso (CRP-MT) desde 2022 e atende atualmente em uma clínica particular na capital.
Esse caso levanta um importante alerta sobre os perigos da importunação sexual e como é essencial a coragem de testemunhas e vítimas para denunciar. Também reabre o debate sobre como o sistema de Justiça deve proteger as vítimas e tratar com mais rigor os casos de violência contra mulheres.
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